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Gripe

Médico explica sobre aumento do número de pacientes com síndromes respiratórias em Três Lagoas

Coordenador do Pronto-Socorro do Hospital Auxiliadora alerta para alta demanda e reforça importância da vacinação

Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, a circulação de vírus respiratórios tende a aumentar. Foto: Reprodução/RCN 67
Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, a circulação de vírus respiratórios tende a aumentar. Foto: Reprodução/RCN 67

O número de atendimentos por síndromes gripais aumentou consideravelmente nas últimas semanas em Três Lagoas, especialmente entre idosos e crianças. De acordo com o médico, João Gabriel, coordenador do pronto-socorro do Hospital Auxiliadora, o volume de pacientes praticamente dobrou no mês de abril em comparação com fevereiro e março deste ano.

Em entrevista ao RCN Notícias, o médico explicou que, embora a maioria dos casos seja leve, a situação exige atenção por parte da população e das autoridades de saúde.

“A grande maioria dos casos são leves, mas o aumento da demanda impacta diretamente no tempo de atendimento e na capacidade da rede de saúde”, alertou o médico.

No pronto atendimento SUS, que funciona ao lado do hospital, estão sendo registrados de 15 a 20 casos por dia com sintomas gripais. Já os casos graves de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) totalizam 65 atendimentos desde o início do ano, com necessidade de internações e até suporte em UTI.

Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, a circulação de vírus respiratórios tende a aumentar. Segundo o Dr. João Gabriel, os principais vírus em circulação neste período são rinovírus e vírus sincicial respiratório em crianças, e influenza, adenovírus e Covid-19 em adultos.

Orientações e Prevenção

A orientação é clara: pacientes com sintomas leves devem procurar as unidades básicas de saúde (UBS), evitando sobrecarregar a UPA e o pronto-socorro. “A UBS é a porta de entrada ideal. Quando o paciente leve procura o pronto-socorro, ele compromete a estrutura que deveria estar voltada para casos mais graves”, reforçou.

Outro ponto de atenção é o uso indiscriminado de medicamentos. O médico recomenda cautela com automedicação e alerta para a popularização dos “coquetéis” vendidos em farmácias:

“Esses coquetéis são apenas uma junção de sintomáticos. O correto é procurar avaliação médica, especialmente se houver agravamento.”

Ele também destacou a importância da vacinação, especialmente entre os grupos prioritários. “A vacina contra a gripe está disponível. Precisamos retomar os cuidados que aprendemos durante a pandemia para evitar internações e até perdas irreparáveis”, concluiu.