
No “Mês do Consumidor”, a população deve ficar atenta às fraudes e propagandas enganosas, comuns nessa época do ano, quando produtos são anunciados por um preço e no momento da compra, ele passa a ser outro valor.
O advogado especialista Alex Ramirez, que explicou o que fazer nesses momentos. “Nós orientamos o consumidor a sempre tentar a resolução do problema de forma administrativa junto a empresa. Produza provas se utilizando de meios como WhatsApp e e-mails, que mostrem que está indo resolver o problema amigavelmente”, afirmou. O profissional conta também que na ausência de resolução, a pessoa pode procurar a Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), pode fazer uma reclamação no site “Reclame Aqui” ou na ferramenta do consumidor.gov.br, desde que a empresa esteja cadastrada. Em última instância, é recomendado procurar o judiciário.
O advogado também orientou sobre quais são os direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor. “O direito a uma publicidade não enganosa é um direito previsto, o consumidor não pode ser enganado. O direito a informação clara e precisa, ele tem o direito de obter as informações na embalagem do produto quanto as questões alimentares, nutricionais e os riscos que ele oferece a saúde” enfatizou. Por fim, Alex alerta sobre outro direito previsto ao consumidor que é o arrependimento, onde a pessoa que compra o produto fora da empresa, de forma virtual, tem sete dias para devolver o produto sem dar satisfação.
Em comemoração ao Dia do Consumidor que acontece em 15 de março, as empresas durante todo o mês aproveitam para aquecer as vendas, realizando promoções nos estabelecimentos e de forma on-line, porém são nesses períodos que muitas fraudes podem acontecer.
Um golpe comum, são empresas que aumentam o valor dos produtos um mês antes da semana do consumidor, e ao chegar na data comemorativa, as mesmas abaixam o valor para “simular” um desconto. A equipe de reportagem foi as ruas, em Três Lagoas, para saber se algum consumidor foi vítima de golpe. A dona de casa Maria Cristina contou que já caiu em um golpe há alguns anos e, desde, então fica bem atenta a todas as compras. “Eu cheguei na loja, olhei um guarda-roupa, gostei do preço. Fui conversando, comprei e fui passar o cartão em 10 vezes. Quando eu peguei os papéis, vi que haviam cobrado o valor de 2 guarda-roupas. Briguei por semanas e para me estornar o valor, foram feitos em 10 vezes também”, contou.
Já a designer de interiores Samantha Azevedo, disse que pretende aproveitar os descontos oferecidos nesse período, porém, com precaução. “A gente tem sempre que ficar atento, é importante pesquisar um pouco antes e quando chegar na semana, termos certeza que irão subir o preço ou não”, completou.