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ENTREVISTA

Pastor da 2ª Igreja Batista fala sobre o papel da fé na prevenção ao suicídio

Atualmente, no Brasil, existem cerca de 46 mil religiões diferentes

Pastor Jeferson Rancan em entrevista ao RCN Notícias. - Foto: Antonio Luiz/JPNews
Pastor Jeferson Rancan em entrevista ao RCN Notícias. - Foto: Antonio Luiz/JPNews

Nesta sexta-feira (13), o pastor da Segunda Igreja Batista em Três Lagoas, Jeferson Rancan, participou do programa RCN Notícias, da TVC HD, Canal 13.1, para falar sobre o papel da fé na prevenção ao suicídio.

Ele explica que, atualmente, no Brasil, existem cerca de 46 mil religiões diferentes e, para tratar desse assunto, seria algo delicado, já que poderíamos pender para uma religião ou outra. “No ambiente religioso, a própria igreja tem as portas abertas para receber qualquer pessoa que esteja disposta. No entanto, é importante frisar que, entre essas 46 mil religiões conhecidas no Brasil, não estou falando mundialmente, a religião deveria resolver os problemas das pessoas. Que problemas? A palavra 'religião' vem do latim religare, que significa religar, conectar a pessoa em extrema necessidade, com problemas ou dificuldades, a um ser maior, e esse ser maior é Deus”.

Mas, com o passar dos anos, ele percebe que a religião tem falhado nesse aspecto. “Eu digo isso com autoridade, dentro do ambiente que vivo, porque a religião tem se focado mais no ambiente religioso do que na palavra de Deus, que é o que realmente traz respostas para essa problemática. Precisamos entender que uma pessoa religiosa, sozinha, não tem solução para os seus problemas, porque a religião mostra o que ela faz, enquanto o cristão, que vive o conceito bíblico, mostra quem ele é, através de um aprendizado bíblico”.

Ele pontua que a Bíblia aborda o tema do suicídio. “No livro de Mateus, capítulo 27, verso 5, está a história de Judas. Você já ouviu falar de Judas, certo? Ele era um discípulo que andou ao lado de Jesus por pelo menos três anos. Ele viu Jesus ensinar, pregar, curar, ressuscitar pessoas, mas, no final da sua história, Judas se afastou de Jesus porque o havia traído, e, como conta no verso 5, ele foi e se enforcou, cometendo suicídio. Isso significa que Judas vivia uma religiosidade, mas não permitiu que Jesus transformasse o que era necessário em sua vida. A religiosidade mostrou quem ele era, e o resultado foi o suicídio. Se ele tivesse permitido que Jesus transformasse sua vida, como fez com os outros discípulos, ele teria mostrado quem poderia ser dentro dessa religião, por meio dessa transformação”.

Ao olhar os índices mundialmente, ele observa que o Brasil é o único país em que os suicídios estão crescendo. “O último índice, de 2022, mostra que, entre jovens de 15 a 19 anos, houve 16.262 suicídios. Isso nos leva à pergunta: foi falta de religião? Não, não foi falta de religião, foi falta de viver um cristianismo baseado na palavra de Deus. Por isso citei o exemplo de Judas. Ele praticou uma religiosidade, mas não permitiu que a vida de Cristo transformasse a dele. A Bíblia, em Filipenses 4:8, diz que tudo o que é bom, útil, agradável e necessário para a nossa mente é onde devemos focar nossos pensamentos. Judas não aproveitou esse momento de transformação. Hoje, no meio religioso, como igreja, tentamos alcançar essas pessoas, trazê-las para um convívio onde aprendam baseadas na palavra de Deus. Temos um trabalho em uma região carente da cidade, onde atraímos adolescentes, jovens e famílias em extrema necessidade. E apresentamos a eles não a placa da nossa igreja, mas o conceito bíblico de que Jesus Cristo pode mudar suas vidas".

Veja a entrevista completa abaixo: