Em uma série de debates envolvendo uma convenção do Partido Liberal (PL) em Três Lagoas, o vereador Paulo Veron ingressou na Justiça para impugnar as decisões tomadas pela Executiva Municipal, conduzida pelo presidente Márcio Irade. O episódio teve início em 27 de julho, quando Veron e o vice-presidente do diretório municipal foram impedidos de participar da convenção. Desde então, a questão escalou judicialmente, com o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) registrando irregularidades.
Na recente decisão, a Justiça acolheu as queixas de Veron, confirmando que a convenção violou normas partidárias. A Executiva foi intimada a regularizar o processo, mas optou por manter as irregularidades, levando o vereador a intensificar sua demanda por impugnação. "O que queremos é que o processo seja limpo e transparente. Se perdermos em uma votação justa, aceitamos. O que não dá é para aceitar um processo obscuro", afirmou Paulo Veron, que tentou ser escolhido pelo partido para disputar a Prefeitura de Três Lagoas.
Com o prazo para registro de candidaturas encerrado, Veron admitiu que sua própria candidatura ao Executivo de Três Lagoas se tornou inviável. A expectativa de disputar a prefeitura foi frustrada pelas falhas no processo interno do partido. Apesar disso, ele não desistiu da luta por uma política mais transparente e declarou apoio a Ruy Costa Neto como seu candidato às eleições municipais.
“Infelizmente, não houve tempo para corrigir as irregularidades e isso comprometeu a minha candidatura. Mas, como sempre defendo, continuarei trabalhando para garantir que a lei e os estatutos do partido sejam respeitados”, disse Veron. Ele aproveitou para deixar clara sua posição política: “Nosso candidato agora é o Ruy Costa Neto, e é ele quem conta com o nosso apoio para trazer as mudanças que Três Lagoas precisa”, declarou Paulo Veron.
Agora, Veron aguarda o andamento judicial sobre a impugnação das candidaturas do PL, mantendo sua postura crítica em relação à Executiva Municipal e seu presidente, Márcio Irade, a quem ele responsabiliza pelas falhas.
O presidente do partido não quis se pronunciar sobre o assunto por orientação do advogado do PL.