O Conselho de Administração da Petrobras aprovou na quinta-feira (21) o Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-29), com investimentos projetados em US$ 111 bilhões. O plano reafirma a relevância da estatal no setor energético brasileiro, destacando novos projetos estratégicos e iniciativas voltadas para a diversificação de produtos e sustentabilidade.
Entre os projetos contemplados está a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), em Três Lagoas, paralisadas desde 2014. A Petrobras destinará R$ 3,5 bilhões para concluir a fábrica, considerada essencial para reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados. As obras devem ser reiniciadas em 2025, com previsão de início das operações em 2028.
Incentivos e impactos
A Petrobras já solicitou apoio ao município de Três Lagoas para viabilizar o projeto, incluindo isenção do IPTU e a renovação da concessão do terreno onde a unidade está localizada. A conclusão da fábrica promete impulsionar a economia local, gerando empregos e fortalecendo o setor agrícola, um dos maiores consumidores de fertilizantes no país.
ALOCAÇÃO DE RECURSOS
Do total de US$ 111 bilhões previstos no PN 2025-29:
- US$ 77 bilhões serão destinados à exploração e produção de petróleo e gás;
- US$ 20 bilhões irão para refino, transporte e marketing;
- US$ 11 bilhões financiarão projetos de gás e energias de baixo carbono;
- US$ 3 bilhões serão aplicados em iniciativas corporativas.
O plano também prevê US$ 16,3 bilhões em projetos de baixo carbono, incluindo tecnologias de captura de carbono, energia renovável e biocombustíveis como etanol e biodiesel, reafirmando o compromisso da Petrobras com a sustentabilidade.
Longo prazo
O planejamento estratégico da estatal é dividido em duas frentes: o PN 2025-29, com metas de curto e médio prazo, e o PE 2050, uma visão de longo prazo que busca adaptar a Petrobras às demandas globais de sustentabilidade e diversificação energética.
A retomada de projetos como a UFN 3, em Três Lagoas, e a Araucária Nitrogenados, no Paraná, demonstra o papel estratégico da estatal no desenvolvimento econômico do país, ao mesmo tempo em que reforça sua contribuição para a transição energética global.