A Petrobras pretende lançar em dezembro deste ano o edital do processo licitatório para o reinício das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), em Três Lagoas, em dezembro deste ano. A planta deve operar até o final de 2028. A informação sobre o futuro da UFN 3 foi divulgada em reposta a um trecho de um dossiê que tem sido compartilhado por aliados do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, envolvendo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
À CNN Brasil, a Petrobras respondeu a um dos questionamentos do dossiê, que diz que Prates não incluiu no plano de investimentos a conclusão da UFN 3, a pedido do vice-presidente Geraldo Alckmin e da Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, bem como atrapalhou a retomada da planta do Paraná. Segundo a Petrobras, isso não procede, pois a UFN 3 deve ter o processo de licitação retomado no final deste ano e a fábrica do Paraná está em processo de aprovação e trâmites internos.
A ministra Simone Tebet, por sua vez, contestou esse trecho do dossiê que tem sido compartilhado por aliados do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, envolvendo o presidente da Petrobras. “É exatamente o contrário. Posso atestar que essa parte do dossiê é absolutamente equivocada, errada e distorce os fatos. É mentira que Jean Paulo foi contra reinvestimento de fertilizantes no Brasil”, disse Tebet.
A ministra ressaltou que Jean Paul Prates atuou em consonância com seus interesses em retomar e concluir a fábrica de fertilizantes em Três Lagoas, onde Tebet foi prefeita por dois mandatos.
No mês passado, o presidente da Petrobras disse à imprensa que o plano estratégico da companhia autorizou e colocou fertilizantes de volta na pauta de investimentos da estatal. Ele, inclusive, havia anunciado uma visita às instalações da UFN 3, entre abril e maio deste ano.
A Petrobras, inclusive, abriu licitação para contratação de uma empresa para fazer uma avaliação técnica para conclusão das obras da UFN3. A empresa fará o levantamento quantitativo para a elaboração da lista de materiais, equipamentos e serviços restantes necessários para a conclusão da unidade. “Estamos articulando formas para agilizar o termino dessa planta e ela começar a produzir. Ela está exatamente no meio do mercado agrícola”, destacou na ocasião o presidente da estatal.
A Petrobras já aditivou também o contrato com YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) para o fornecimento de 20 milhões de m³ por dia, de gás natural ao Brasil. Com isso, a estatal garante possível fornecimento de gás para a UFN3. A Companhia de Gás de MS (MSGÁS) será a responsável pela distribuição do gás da Bolívia para a UFN3. Esses são processos fundamentais para definir o futuro da fábrica de fertilizantes.
Confira a reportagem abaixo: