O projeto para a retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), em Três Lagoas, segue avançando. A previsão é de que as obras, paralisadas em dezembro de 2014, sejam retomadas a partir do ano que vem.
Na semana passada, uma reunião estratégica entre a Prefeitura de Três Lagoas e a Petrobras discutiu a retomada do projeto. O prefeito Ângelo Guerreiro e o presidente da Câmara Municipal, prefeito eleito Cassiano Maia, receberam representantes da Petrobras para detalhar o avanço do projeto e as necessidades para sua implementação.
Em nota enviada ao Jornal do Povo, a Petrobras informou que entrou na carteira de projetos em implantação da Petrobras. As licitações para retomada da obra foram instauradas desde 1º de novembro, seguindo o cronograma previsto e aguardando a aprovação final dos investimentos pelas autoridades competentes em 2025, com o início da operação previsto para 2028. A Petrobras solicita o apoio ao município, especificamente dos incentivos fiscais, tais como isenção do IPTU e a revalidação da doação do terreno para renovação da concessão de onde a unidade está em construção.
Segundo Cassiano Maia, o projeto de lei para a cessão da área, cujo prazo expirou, será apreciado pela Câmara Municipal, que está empenhada em aprová-lo ainda neste ano. A Petrobras também reforçou a necessidade de incentivos a nível estadual, enfatizando a importância do apoio institucional para o avanço do empreendimento.
UFN 3
A unidade de Três Lagoas é vista como um pilar para o desenvolvimento econômico local e regional, e sua conclusão envolve um investimento de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Em outubro deste ano, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a retomada do projeto, incluindo no Plano Estratégico 2024-2028. Em declarações recentes, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou a importância do setor de fertilizantes para a Petrobras, que busca expandir o mercado de gás e reduzir a dependência da importação de fertilizantes no Brasil.
Com uma produção anual estimada de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia, a UFN-3 atenderá os estados do Centro-Oeste, Sul e Sudeste, regiões onde a demanda por fertilizantes cresce constantemente. A localização estratégica em Três Lagoas possibilita maior agilidade na distribuição dos produtos.
Para Três Lagoas, a reativação do projeto representa não apenas um impacto econômico, mas também social, com potencial para criar centenas de empregos diretos e indiretos e contribuições para a economia local. “A Câmara Municipal e a prefeitura estão unidas para fazer com que o projeto avance. Nossa prioridade é garantir a revalidação dos termos para o reinício das obras e atender às expectativas dos investidores e da sociedade três-lagoense”, afirmou Cassiano Maia.