O mês de julho é marcado pela campanha “Julho Roxo” que trabalha a conscientização e prevenção do câncer de bexiga. O tumor é um dos mais comuns no Brasil e registra mais de dez mil casos por ano, segundo estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Conforme dados do setor de oncologia do Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas, cerca de 40 pacientes são diagnosticados com este tipo de câncer, a cada ano. Em 2024, já se somam 28 pacientes em tratamento no município. A doença atinge predominantemente o público masculino, de idade mais avançada e de etnia branca, de acordo com as estatísticas.
O tumor é o sétimo em maior incidência nesse gênero. Os principais sintomas são: presença de sangue na urina, dores durante este ato e maior vontade de urinar.
O tabagismo e uma vida mais sedentária são os principais fatores q ue levam ao surgimento do tumor, assim como em outros tipos de câncer.
O câncer de bexiga tem cura, mas para chegar a esse resultado é necessária a intervenção cirúrgica, como explica o cirurgião oncológico Rodrigo Melão. “Vai depender muito do estágio em que isso é diagnosticado. Nos estágios iniciais, o tratamento RTU – que consiste na ‘raspagem’ da bexiga – muitas vezes já é o suficiente.
Quando o câncer está mais avançado, ou seja, quando ele já atingiu outras camadas mais profundas da bexiga, aí só essa raspagem já não é mais suficiente. Nestes casos, pode precisar da quimioterapia ou de um tratamento mais radical, que é a ressecção, que consiste na retirada por completo da bexiga.”
Em Três Lagoas, todo o procedimento para tratar esse tumor pelo SUS é realizado no Hospital Auxiliadora, que é referência em tratamentos oncológicos. O paciente é acompanhado por uma equipe multiprofissional, que inclui clínicos e cirurgiões oncológicos e urologistas.