No final do mês de julho, ocorreu o 1º transplante de fígado em Mato Grosso do Sul. A cirurgia foi realizada no Hospital Adventista, em Campo Grande, e teve o apoio da Fratello – Associação de Apoio ao Transplante de Órgãos e Tecidos de MS, que tem como objetivo ser uma ponte entre o hospital, a gestão pública e a sociedade, conectando todos em prol do transplante.
Segundo o médico Gustavo Rapassi, que é fundador da Fratello, quando se fala em transplante, diferente de qualquer outra modalidade de tratamento na área da saúde, não depende apenas de recursos financeiros, depende também de outras variantes, principalmente da doação de órgãos e de sangue, para que ele aconteça. "Por isso, o nosso objetivo como Fratello é difundir a ideia do transplante, conscientizar a população a respeito do assunto, discutir a questão da doação de órgãos e assim poder ajudar mais pessoas".
A conscientização sobre a doação de órgãos é crucial para aumentar o número de transplantes. Muitas vezes, a falta de doadores não é por falta de interesse, mas sim por desconhecimento sobre o processo e a importância dessa escolha. Campanhas de esclarecimento, educação pública e informações acessíveis podem ajudar a desmistificar o processo de doação e incentivar mais pessoas a se tornarem doadoras.
Todo o trabalho desenvolvido pela Fratello já começa a dar frutos, como a participação no 1º transplante de fígado realizado no estado. "O serviço agora foi credenciado e acreditamos que esse será o primeiro de muitos transplantes, pois queremos encontrar pacientes que se encontram na mesma situação desse, que há 1 ano tinha indicação para transplante e agora está bem, se recuperando melhor do que imaginávamos", conta o doutor Gustavo.
Os transplantes de órgãos são frequentemente a única alternativa para pessoas com doenças graves e terminais que afetam órgãos vitais, como o coração, fígado, rins e pulmões. A falta de órgãos disponíveis para transplante pode levar a um aumento nas taxas de mortalidade e a uma maior deterioração da saúde dos pacientes em lista de espera.
"Enquanto a gente não tinha realizado um transplante, todo esse projeto, era apenas um sonho, mas agora se tornou realidade. Então, a partir deste momento, queremos conectar mais pessoas, como o programa é estadual, chegar às cidades do interior e encontrar esses pacientes que tanto precisam de transplante", enfatiza o doutor sobre as expectativas em relação ao futuro da Fratello.
*Com informações da assessoria da Fratello