O número de motocicletas no Brasil tem crescido, tanto em relação ao número de veículos, quanto ao número de domicílios com motos. No país, a atual frota é 40% maior do que a dez anos. Este crescimento se dá pela praticidade e pela economia.
A agente de crédito Thaynara Moreira relata os fatores que a influenciaram a trocar sua bicicleta por uma moto. “A economia em relação a gasolina, a questão do conforto e a locomoção sem precisar da bicicleta”, afirmou.
Com o aquecimento do mercado, as concessionárias têm facilitado cada vez mais as vendas de motocicletas. A indústria registrou no primeiro bimestre de 2025, um aumento de 21,7% das produções deste veículo. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), foram registradas 342.799 motocicletas produzidas no Brasil.
Os modelos que lideram o ranking, tanto de produção quanto de vendas, são as motocicletas de até 160 cilindradas, seguidas por Trail, motonetas, scooters e similares. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito, no Mato Grosso do Sul, foram emplacadas 5.266 motocicletas a mais que 2022. Em Três Lagoas, o aumento deste veículo nas ruas foi de 671 motos a mais comparado também com 2022.
No entanto, a desvantagem desse tipo de veículo é a segurança, onde o piloto fica mais exposto a acidentes. Em Três Lagoas, registra-se em média 80 ocorrências diárias de infrações. O Detran MS aponta que em 2025, já houveram 1.240 acidentes com vítimas, em sua maioria, envolvendo motociclistas, e muitos sem CNH.
O Diretor Municipal de Trânsito José Moraes, afirma que há uma preocupação muito grande no setor do Departamento de Transporte e Trânsito. O profissional conta que estão investindo em engenharia, educação e fiscalização, sendo que engenharia e fiscalização são as condições das ruas da cidade, porém a educação passa pela impossibilidade de qualquer departamento nortear a população em relação as regras de condução segura. “No Brasil, o condutor não tem nenhuma educação no trânsito, ele não respeita ninguém. Ele esquece que no trânsito, ele dirige para si mesmo e para os outros”, completou.