Nesta sexta-feira (8), é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data para refletir sobre as conquistas e lutas por direitos iguais de gênero, discriminação e violência contra a mulher.
Em Três Lagoas, duas professoras e alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas, se uniram em uma pesquisa que aborda a desigualdade de gênero e os grandes desafios atuais.
Desde os primórdios da humanidade, a sociedade se desenvolve de maneira patriarcal, onde o homem detém o poder e a decisão sobre a família. E o que poderia ter ficado no passado, ainda é um problema atual.
A mulher tem o desafio diário de romper padrões e limites impostos pela sociedade. Um dos objetivos da pesquisa é refletir sobre as vivências e dificuldades da mulher no dia a dia, como é o caso da aluna de doutorado em Geografia, Jaiane da Silva.
“Para refletir e não florear o dia 8 de março, mas sim, como uma forma de empoderar as mulheres, primeiramente, dentro da universidade e depois expandir essa ação”, contou a aluna Jaiane.
A professora de geografia da UFMS, Patrícia Helena, foi quem desenvolveu a pesquisa junto aos alunos. Ela pontuou as relações de desiguais que existem na sociedade. “Ao longo das minhas pesquisas de Geografia Urbana fui percebendo que as dificuldades na cidade não eram vivenciadas de forma igual”, explicou.
E assim nasceu o projeto de pesquisa chamado "O Direito a Cidade na Perspectiva de Gênero", que tenta unir a Geografia Urbana, nas desigualdades socioespaciais, com a questão de gênero.
A metabologia da pesquisa é através de entrevistas para analisar como é a vivência das mulheres no cotidiano, um exemplo é a história já registrada de uma mãe que estuda durante a noite e cria o filho e sustenta a casa sozinha.
O projeto também busca chamar a atenção para o debate sobre esse tipo de assunto dentro e fora da universidade. A professora de linguística, Taísa Peres, explicou que a partir do projeto ocorrerá um evento, nos dias 26 a 28 de março, no auditório da UFMS, das 19h as 22h, pretende reunir não apenas educadores e universitários, mas também a população em geral.
O evento tem como o objetivo de ampliar as discussões e até promover políticas públicas, e é organizado só por mulheres professoras, desde outubro do ano passado, e conta com a participação de alunos de graduação e pós-graduação, como espaço de formação.
Confira na reportagem abaixo: