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CETAS

Promotor de Justiça investiga obra paralisada há quase 10 anos em Três Lagoas

Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) começou a ser construído em 2015

O número de atropelamentos e acidentes envolvendo animais silvestres aumentou em Três Lagoas
O número de atropelamentos e acidentes envolvendo animais silvestres aumentou em Três Lagoas | Foto: Reprodução /TVC

Devido ao desenvolvimento industrial e ao aumento do plantio de eucalipto, aliados ao intenso tráfego de veículos nas rodovias, o número de atropelamentos e acidentes envolvendo animais silvestres aumentou em Três Lagoas. Diante dessa situação, foi planejada a construção do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).

A obra teve início em 2015, como parte de uma medida compensatória relacionada à instalação das indústrias de celulose na cidade. No entanto, o centro, que foi projetado para atender animais em situação de risco e realizar os primeiros socorros e triagens, está paralisado. Sem esse espaço, os animais capturados pela Polícia Militar Ambiental (PMA) são direcionados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, a cerca de 330 km de distância de Três Lagoas.

A falta de um local adequado em Três Lagoas tem sobrecarregado tanto a PMA quanto o Cras e os animais, muitas vezes, permanecem em condições precárias durante o processo. De acordo com o promotor de Justiça do Meio Ambiente de Três Lagoas, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, a situação é crítica, com a captura de três a quatro animais diariamente. “Não é possível que a Polícia Militar Ambiental viva apenas na estrada, levando os animais para o Cras em Campo Grande, que também já não tem mais condições de absorver animais de todo o estado”, afirma. Ele destaca a importância de finalizar o Cetas e defende que, além do PMA, o Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul) também colabore com o atendimento a esses animais.

Para o promotor de Justiça, a importância de ter um centro como o Cetas em Três Lagoas vai além de preservar a fauna local, pois possibilitaria uma resposta mais rápida e eficiente ao atendimento de animais feridos ou resgatados, evitando que a PMA precise percorrer longas distâncias com os animais em condições delicadas. O promotor apura o porque a obra está paralisada há quase dez anos.

Confira a reportagem abaixo: