Levantamento CNT 2024 revela que quase metade das rodovias do estado precisa de melhorias, com sinalização precária e ausência de acostamentos entre os principais problemas.
Pesquisa CNT de Rodovias 2024, divulgada nesta terça-feira (19), revelou dados importantes sobre as condições das rodovias em Mato Grosso do Sul, destacando desafios e avanços na malha rodoviária do estado.
O estudo analisou 111,8 mil quilômetros de rodovias pavimentadas no Brasil, abrangendo trechos federais e estaduais. Em Mato Grosso do Sul, as BRs 060, 158, 163, 262, 267, 359, 376, 419, 436, 463 e 487 foram avaliadas.
Das rodovias avaliadas em MS, 1.768 km foram considerados “ótimos” ou “bons”, enquanto cerca de 878 km foram classificados como “ruim” ou “péssimo”. Outros 1.208 km receberam classificação “regular”, indicando que a manutenção é um fator crucial.
Sinalização e segurança: Nas rodovias sob gestão pública, a falta de sinalização adequada, como faixas visíveis e sinalização de curvas perigosas, foi um ponto crítico. Enquanto 63,7% das curvas perigosas têm sinalização, os 36,3% restantes representam risco significativo aos motoristas.
Acostamentos: Aproximadamente 51,9% das rodovias públicas do estado não possuem acostamento, limitando a segurança para paradas emergenciais.
Geometria da via: A infraestrutura geométrica foi planejada como boa em apenas 16,5% das rodovias. Este fator impacta diretamente a fluidez do trânsito e a segurança dos veículos de carga e passeio.
As rodovias sob concessão privada tiveram destaque na pesquisa por apresentarem melhores condições de pavimentação e manutenção. Cerca de 71% das rodovias concedidas têm acostamentos pavimentados e adequados, além de melhor sinalização.
Embora tenha havido aumento nos investimentos federais para manutenção e melhorias rodoviárias, os dados mostram que ainda são insuficientes para atender a toda a demanda. A continuidade e ampliação dos investimentos em infraestrutura são fundamentais para melhorar a mobilidade e reduzir os custos logísticos em MS.