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Raízen recebe financiamento de R$ 1 bilhão para nova unidade de etanol próxima a Três Lagoas

O projeto da Raízen prevê a geração de mais de 1.500 empregos diretos, durante a fase de construção, e 200 durante a operação, por planta

Raízen recebe financiamento de R$ 1 bilhão para nova unidade de etanol próxima a Três Lagoas
Divulgação / Agência Gov

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1 bilhão para a construção de uma unidade de etanol de segunda geração (E2G) da Raízen Energia S/A em Andradina (SP), cidade localizada a cerca de 35 km de Três Lagoas (MS). A planta terá capacidade para produzir até 82 milhões de litros de etanol celulósico por ano, utilizando tecnologia inovadora.

O projeto prevê um investimento total de R$ 1,4 bilhão, incluindo recursos do Programa BNDES Mais Inovação e do Fundo Clima, cada um responsável por R$ 500 milhões. Durante a fase de construção, mais de 1.500 empregos diretos devem ser gerados, enquanto a operação da unidade contará com cerca de 200 postos de trabalho.

Diferente do etanol convencional, o E2G utiliza enzimas específicas para extrair açúcares da celulose do bagaço da cana-de-açúcar, que são fermentados para produzir o biocombustível. Essa tecnologia é considerada essencial para ampliar a produção de combustíveis sustentáveis, como o SAF (combustível sustentável de aviação), hidrogênio verde e combustível marítimo.

Atualmente, o E2G representa menos de 1% da produção de etanol no Brasil. Com o apoio do BNDES, a capacidade nacional deve atingir 440 milhões de litros até 2028, considerando as seis plantas planejadas pela Raízen.

De acordo com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o projeto contribui para a transição energética e fortalece a cadeia de fornecedores de insumos e equipamentos no Brasil. Já José Luís Gordon, diretor do BNDES, destaca que o etanol celulósico pode consolidar o país como líder na produção de biocombustíveis avançados, com investimentos futuros estimados em R$ 167 bilhões para atender à demanda por SAF e combustíveis marítimos.

*Com informações do Governo Federal