A reforma da Escola Estadual José Garcia Leal, em Paranaíba, já se arrasta por dois anos e meio e segue sem previsão de conclusão. Iniciada em 2022 com recursos federais, a obra deixa alunos e professores afastados de um dos prédios escolares mais tradicionais da cidade, gerando preocupação na comunidade.
A Secretaria Estadual de Educação destinou R$ 5,2 milhões para reforma da escola, conforme extratos de contrato e convênio publicados no Diário Oficial do Estado (31/5), assinados pela secretária Maria Cecília Amêndola Mota, na época titular da pasta. A obra é executada por Bruno Aparecido Queiroz ME (Alpha Engenharia e Serviços), com prazo de 365 dias para conclusão, sob pena de aplicação de multa por atrasos segundo o contrato.
Atualmente, os cerca de mil alunos estão alocados na Escola Estadual Aracilda Cícero Corrêa da Costa. Indignados com a demora na obra de reforma, pais de alunos organizam um protesto para chamar a atenção para o problema. Durante uma reunião pedagógica recente, foi informado que a reforma está paralisada, reduzindo a expectativa de que o prédio esteja pronto para o ano letivo de 2025.
“É inadmissível. Nossos filhos estão sem recreio adequado, sem vida escolar plena. É um absurdo terem uma escola e não poderem ocupar aquele espaço, que é um patrimônio público”, criticou uma mãe.
De acordo com o Governo do Estado, cerca de 70% das obras já foram concluídas, com um investimento total de R$ 5,8 milhões até o momento. Entretanto, a finalização depende da liberação de recursos federais. “Desde o início da obra, a escola recebeu R$ 2,1 milhões, o que representa 55,64% dos R$ 3,9 milhões previstos pelo Governo Federal. A última parcela foi repassada em junho de 2024”, informou o governo em nota.
Ainda segundo a Secretaria de Educação, a recente visita do ministro da Educação ao estado trouxe a promessa de novos recursos para destravar obras que dependem de repasses federais, incluindo a reforma do José Garcia Leal.