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Reforma tributária avança com medidas para reduzir impostos sobre a cesta básica

A inclusão de um imposto extra sobre bebidas alcoólicas e refrigerantes também foi aprovada

A reforma tributária, um tema debatido há anos no Congresso Nacional, deu um passo importante no início de 2025. Algumas medidas foram implementadas para reduzir os impostos sobre alimentos que fazem parte da cesta básica, com impacto direto no bolso do consumidor.

De acordo com a nova legislação, 22 produtos da cesta básica terão a alíquota de impostos reduzida para zero, enquanto 14 itens terão redução de 60% na carga tributária. Entre os produtos com isenção total estão arroz, açúcar, café, carnes, farinha, feijão, margarina, massas, pão francês e queijos. Já frutas, vegetais, pão de forma e extrato de tomate terão uma redução de 60% nos impostos.

No entanto, a reforma traz implicações além dos preços dos alimentos. O economista, Eduardo Matos, alerta que, em Mato Grosso do Sul, uma das grandes consequências será a perda de incentivos fiscais estaduais. Isso afetará a atração de novos investimentos e a expansão de empresas no estado, principalmente em setores como o de papel e celulose, que dependem desses benefícios fiscais para se manter competitivos.

A redução de impostos sobre a cesta básica, segundo Matos, será benéfica para o orçamento das famílias, principalmente no estado de Mato Grosso do Sul, onde o custo de vida tem pesado para a população. O economista destaca que a isenção de tributos sobre alimentos pode aliviar o impacto nos preços dos produtos essenciais, que têm sido fortemente afetados pela alta carga tributária.

Entretanto, nem todas as mudanças agradaram a todos. A inclusão de um imposto extra sobre bebidas alcoólicas e refrigerantes gerou controvérsia. A justificativa para o aumento é que esses produtos, além de prejudiciais à saúde, impactam negativamente o meio ambiente. Essa medida causou insatisfação, especialmente entre os consumidores. O mecânico, José Antônio, expressou preocupação com o aumento no custo de produtos como a cerveja, que se tornaria um “luxo” para muitos.

Por outro lado, a aposentada, Nega Souza, de 83 anos, vê de forma positiva o aumento no preço da cerveja, acreditando que isso poderia reduzir o consumo, ao mesmo tempo em que lamenta o aumento dos preços de alimentos básicos, como arroz, carne e batatas. “Você vai no mercado e tudo está muito caro, o tomate, a banana, a batata… alimentos essenciais”, disse.

Embora a reforma tributária tenha gerado debates e diversas reações, seus impactos definitivos só serão conhecidos quando entrar em vigor, seguindo um cronograma de transição que se estenderá pelos próximos anos.