A área da saúde passa por uma transformação que promete muitas mudanças a fim de acabar com as longas filas de espera em postos de saúde, unidades de pronto atendimentos hospitais. O plenário do conselho federal de farmácia aprovou, uma resolução que respalda oficialmente o profissional farmacêutico a prescrever medicamentos tarjados e que, exigiriam receita médica. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor em 17 de abril.
Nas ruas, a novidade está dividindo opiniões, como por exemplo, para a cabelereira, Josileide Joaquim, a nova medida é positiva. “Vai melhorar, não precisaremos enfrentar fila no postinho. Se o farmacêutico pode prescrever, então será bom”.
Já a administradora, Sheila Ribeiro, tem dúvidas quanto a medida e acha que é necessário que haja um estudo para assumir o papel de prescrever medicamentos. “O farmacêutico tem um conceito, tem a experiência e informação, mas ele não é médico. A população já tem mau hábito de se automedicar, e tendo essa facilidade de ter um “profissional” habilitado para um departamento específico medicando, não vai dar certo”.
Desde 2017, o Ministério da Educação estabeleceu que, todo farmacêutico deve sair apto da graduação para prescrever terapias farmacológicas e medicamentos. A farmacêutica, Vânia Magrão, trabalha na área há cinco anos, e para ela, a nova medida é uma esperança antiga dentro do curso de farmácia, e que aumentará o prestígio da profissão.
Atualmente, o farmacêutico pode indicar somente medicamentos isentos de prescrição, que na maioria são previstos para tratar problemas de saúde, como cólica, resfriados e alergias leves. Já a nova resolução permitirá que os farmacêuticos prescrevam também medicamentos de venda sob prescrição, mas para isso, ele tem que possuir o registro de qualificação de especialista em farmácia clínica
A presidente do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul, Daniely Proença, destacou que essa ideia é antiga, e a resolução é utilizada para estabelecer diretrizes e tornar a prática segura. “Os farmacêuticos conquistaram o direito de prescrever medicamentos no Brasil a mais de 10 anos. Essa resolução, ressalta que não há nenhuma novidade em relação a prescrição em si”, completou.