A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, por meio do setor de Vigilância Epidemiológica, divulgou o boletim atualizado sobre a mpox, nesta terça-feira (20). A atualização é realizada semanalmente, no município, para acompanhar a situação da doença, também conhecida como "varíola dos macacos".
Nos últimos sete dias, foi analisado um caso suspeito de mpox, mas posteriormente descartado. Desde o início do monitoramento, 55 casos suspeitos de mpox na cidade foram registrados, das quais 49 foram descartadas.
Até o momento, quatro moradores foram diagnosticados com a doença de mpox, em Três Lagoas. De acordo com a secretaria, todos os pacientes passaram pelo tratamento e já estão recuperados. A faixa etária das pessoas que contraíram o vírus varia de 10 a 49 anos.
A doença no país
Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar emergência internacional da doença, o Ministério da Saúde criou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) de forma preventiva para estudar as ações de combate. Embora o Brasil esteja conseguindo controlar a mpox, o Ministério orienta para que as pessoas se mantenham atentas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disponibilizou materiais onlines, em oito idiomas, para orientar sobre a doença.
Entenda a mpox
A mpox é uma doença viral causada pelo mpox vírus (MPXV), que pertence ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica, que pode ser transmitida por contato direto com pessoas infectadas ou materiais contaminados.
Contaminação e sintomas
A principal forma de transmissão é o contato próximo e prolongado com pessoas que apresentam lesões na pele. Também é possível contrair a doença por meio do contato com objetos contaminados, como roupas e utensílios usados por pessoas infectadas. Apesar do antigo nome "varíola dos macacos", macacos não são reservatórios do vírus. O Ministério da Saúde afirma que é possível que a infecção tenha origem em pequenos roedores da África Central e Ocidental.
A transmissão ocorre desde o início dos sintomas até que as lesões de pele estejam totalmente cicatrizadas. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas. Os principais sinais e sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. Após o contato com o vírus, os sintomas podem aparecer de 3 a 16 dias depois, podendo levar até 21 dias.
As lesões de pele associadas à mpox podem ser planas ou elevadas, cheias de líquido claro ou amarelado, e frequentemente formam crostas. Elas podem surgir em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, boca, olhos, órgãos genitais e ânus.
Caso apresente sintomas compatíveis com a mpox, é crucial procurar uma unidade de saúde para avaliação. O isolamento das atividades sociais e a higiene das mãos são recomendados para evitar a propagação da doença.
O diagnóstico da mpox é realizado por testes laboratoriais, como testes moleculares ou sequenciamento genético, com amostras coletadas das lesões ou, se já secas, das crostas. Embora não existam medicamentos específicos aprovados para a mpox, de acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento atualmente se baseia em medidas de suporte para alívio dos sintomas e tratamento de possíveis complicações. A doença é geralmente leve, mas pode ser grave para pessoas com o sistema imunológico comprometido, crianças e gestantes.