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Saúde realiza ação de combate ao vírus "Mão-Pé-Boca" em Três Lagoas

Devido à baixa imunidade, as crianças são mais suscetíveis a doenças infecciosas

É essencial abordar este tema para prevenir a infecção. - Foto: Reprodução/TVC
É essencial abordar este tema para prevenir a infecção. - Foto: Reprodução/TVC

As crianças do Centro de Educação Infantil (CEI) Nossa Senhora Aparecida participaram de uma ação preventiva contra a Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB), nessa quarta-feira (5). Esta doença é comum em crianças, e o ambiente escolar pode facilitar a propagação.

Devido à baixa imunidade, as crianças são mais suscetíveis a doenças infecciosas, e a convivência diária em um ambiente com muitos colegas aumenta o risco de contaminação. Portanto, é essencial abordar este tema para prevenir a infecção, envolvendo pais, responsáveis, professores e os próprios alunos.

A ação, desenvolvida em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Vigilância Epidemiológica e a Promoção em Saúde, marcou o Dia D de combate à Síndrome Mão-Pé-Boca no CEI.

Para a professora do curso de Enfermagem da UFMS, Bianca Shibukawa, é crucial que todos conheçam e fiquem atentos aos sintomas da doença. “Nós fizemos a abordagem e explicação da Síndrome Mão-Pé-Boca, que é um vírus altamente contagioso, com 176 famílias no momento em que estavam deixando as crianças no CEI. Também fizemos o treinamento com 20 professores para o reconhecimento dos sintomas e os cuidados que eles têm que ter em sala de aula. Estamos trazendo a abordagem com as crianças em formato de teatro para que elas consigam absorver as informações de como se transmite, quais são os sintomas que ela vai verificar no seu próprio corpo e também mais uma ação afirmativa com a informação que os pais já tiveram”.

A aluna e monitora do curso de Enfermagem da UFMS, ajudou a desenvolver e apresentar um teatro para as crianças, utilizando a linguagem teatral para garantir que a mensagem principal fosse compreendida. “Essa forma de levar a educação para a criança de forma lúdica ajuda, principalmente, no desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo. Elas conseguem pegar essa mensagem que foi passada para elas e levar para as suas casas, fazendo com que aconteça a educação continuada”.

A Síndrome Mão-Pé-Boca é mais comum em crianças menores de 10 anos e tem maior incidência durante períodos de estiagem. Em 2023, Três Lagoas registrou 25 casos, com maior prevalência entre meninas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Ainda não há casos registrados em 2024, mas o setor de Saúde alerta que este é o período de maior risco de infecção.

A doença é transmitida por via fecal-oral e pelas vias aéreas. A coordenadora de Promoção em Saúde, Aline Oliveira, explica que os sintomas mais comuns incluem febre e erupções cutâneas nas mãos, pés e boca, embora as bolhas possam aparecer em outras partes do corpo. “O vírus tem o ciclo de até 14 dias, porém pode prolongar um pouco mais. Ele se dá através da saliva, ou seja, uma tosse e espirro pode contaminar. É importante que as crianças tenham hábitos de higienes, como lavar a mão. Uma vez que a criança aparece com sintoma, ela precisa de repouso e isolamento de outras crianças”.

A doença pode durar até duas semanas e, sem tratamento adequado, pode evoluir para casos graves como meningite, encefalite e até paralisia, tornando fundamental a avaliação médica.

Embora seja mais frequente em crianças, adultos também podem ser infectados. Para a diretora do CEI Nossa Senhora Aparecida, Natália Congro, ações como esta são importantes para combater a doença e proteger os 236 alunos atendidos pela instituição.

Veja a reportagem abaixo: