Em entrevista ao programa RCN Notícias, desta terça-feira (25),a secretária municipal de Saúde, Elaine Fúrio, falou sobre os serviços ofertados nos hospitais Auxiliadora, Regional e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Destacou ainda a implantação de programa de telessaúde e atendimentos por demanda espontânea e reprimida, além da disponibilidade de medicamentos, em Três Lagoas.
A secretária explicou sobre o convênio com o Hospital Auxiliadora, que passou atender por demanda “porta aberta”, no qual os pacientes são atendidos desde a triagem, até consulta médica com clínico-geral. Este mesmo tipo de atendimento já ocorre nas unidades básicas de saúde e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“Todo início de inverno sofremos muito com as síndromes respiratórias. Então, entre maio e agosto já esperamos esse aumento no fluxo (de pacientes). Durante muitos anos o Hospital Auxiliadora foi a única ‘porta aberta’, no município. Com a abertura da UPA, passamos a ter duas. Porém, na pandemia tivemos que fechar o atendimento geral, para atender os pacientes mais críticos. Naquele momento, compramos leitos e abrimos a UPA e separamos os atendimentos”, relembrou a secretária.
Passando o período de pandemia, o Hospital Auxiliadora entendeu que deveria permanecer com as 'portas fechadas' e atender apenas pacientes referenciados, que eram aqueles que estavam na UPA, os que haviam solicitado vaga e vinham de outros municípios, além dos que eram levados pelo Samu. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde entendia que o hospital deveria 'abrir as portas'. Nesse embate, a situação gerou uma ação judicial, concluída no final do passado, ressaltando que o Hospital Auxiliadora tinha o direito de manter as 'portas fechadas'.
Segundo Fúrio, o prefeito Ângelo Guerreiro foi no ano passado buscar recursos em Brasília para construção de outra unidade básica 24h, porém a política nacional não visa mais unidade UPA e não disponbiliza mais recursos para essas construções. Na necessidade de ampliar atendimentos em hospitais no município, foi iniciado tratativas entre a Secretária Municipal de Saúde e o Hospital Auxiliadora, para suprir a necessidade que Três Lagoas tinha de ter um atendimento centralizado.
“A saúde precisa trabalhar com planejamento e estruturação. Tínhamos entendimento que o hospital tinha que ter atendimentos verdes e azuis. Fomos atrás de recursos na Câmara Municipal, porque tudo envolve recursos. E através de uma ação conjunta entre Prefeitura, Câmara, Governo do Estado e Hospital Auxiliadora chegaram a um consenso de reabrir as portas do hospital para atender essa demanda, principalmente, nesse momento das síndromes respiratórias. Fizemos um contrato vigente para expansão de 12 meses, e a cada aditivo são renovados”, afirmou Elaine Fúrio.
A secretária ressaltou que nenhum hospital regional de Mato Grosso do Sul é de “porta aberta”, porém através do acordo com o Governo do Estado, hoje, o Hospital Regional de Três Lagoas é de “porta aberta” e qualquer pessoa pode ser atendida, assim como é feito na UPA, que atende por mês cerca de 12 mil pacientes. “Aproximadamente 80% a 85% desses pacientes são atendimentos verde e azul, que não são urgências, e deveriam ser atendidos na atenção primária, porém procuram a UPA, muitas vezes, por causa do horário”, explicou.
A secretária afirmou ainda que, apesar de não haver possibilidades no momento de construção de novas UPA, há a previsão de construção de unidades porte quatro, que durante o dia funcionam como unidades de saúde, mas com horário estendido, com servidores 24h, alojamento, Raio X, laboratório. A primeira unidade desse tipo será construída na Miguel Nunes no Vila Nova, em Três Lagoas.
Outra novidade para a área da saúde em Três Lagoas é programa Tele TL, que trabalhará telemedicina de maneira geral. Sobre a questão da saúde mental na cidade, a secretária disse que esse atendimento tem aumentado. “Na semana passada, no estado como um todo, tínhamos 300 pacientes aguardando uma vaga em hospital psiquiátrico. Três Lagoas conta com um contrato próprio, mas temos dificuldade de vagas também na unidade privada. Temos a previsão da construção de um CAPs e abertura de leitos no CAPs2”.
Veja a entrevista completa abaixo: