Um grupo de servidores públicos e representantes sindicais compareceram ao plenário da Câmara Municipal de Três Lagoas, nesta terça-feira (18), para acompanhar a sessão e cobrar avanços nas negociações salariais. O debate ocorre em meio ao decreto da prefeitura que regulamenta a falta abonada dos funcionários e à espera por um reajuste para a educação, adiado para maio devido ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinted) e vereadora, Maria Diogo (PT), fez um pronunciamento enfático sobre a necessidade de fiscalização e participação dos vereadores na prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025. “Minha fala foi no sentido de chamar a responsabilidade de nós, que fazemos parte da Câmara, para que acompanhemos essas prestações de contas. Se não participarmos, podemos continuar postergando tais reajustes, o que não é justo”, afirmou.
Segundo Maria Diogo, a administração municipal aguarda a publicação dos dados fiscais para avaliar se o índice de comprometimento da receita com a folha de pagamento, atualmente em 51,7%, cairá para cerca de 49% ou 48%, viabilizando a concessão do reajuste aos servidores.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Adriano César Rodrigues, o Sargento Rodrigues, defendeu a necessidade de paciência por parte dos servidores e destacou que as negociações continuam em andamento. “O prefeito Cassiano Maia assumiu uma folha de pagamento praticamente estourada, com índice de 53,57%. Ele está tendo a responsabilidade fiscal de enxugar essa folha primeiro e, depois, valorizar o servidor público”, explicou.
Rodrigues ressaltou ainda que o prefeito pretende dialogar com os sindicatos no mês de abril para discutir reajustes e outros benefícios. “O sindicato está atento e reivindicando melhorias, como o vale-alimentação para a categoria da educação, que nunca foi concedido. O prefeito tem essa preocupação e está buscando soluções”, acrescentou.
O presidente da Câmara, Antônio Empeke Junior, o Tonhão (MDB), também enfatizou o compromisso do Legislativo em apoiar os servidores e buscar soluções para o impasse. Ele citou iniciativas já aprovadas anteriormente em benefício da categoria, como a criação do regime próprio de Previdência e a valorização salarial dos professores. “Estamos acompanhando de perto a questão da responsabilidade fiscal e esperando que até maio haja uma redução no índice, para que possamos votar o reajuste de forma célere”, disse Tonhão.