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Setor da Construção Civil está aquecido em Três Lagoas e região

Grandes projetos devem alavancar ainda mais o crescimento da construção civil, mas a escassez de mão de obra continua sendo um desafio

Setor da Construção Civil está aquecido em Três Lagoas e região

O setor da construção civil em Três Lagoas e região está aquecido, impulsionado por grandes obras e demandas crescentes por infraestrutura. Segundo Nivaldo Moreira, presidente do Sindicato da Construção Civil Pesada (Sintiespav), as atividades do setor estão concentradas em projetos de larga escala, como a construção da fábrica da Arauco, em Inocência, e outras iniciativas que movimentam a região.

De acordo com Nivaldo, o sindicato está atuando na obra da Arauco, que tem previsão de início efetivo em junho de 2025 e se estenderá até 2027. Atualmente, cerca de 1.800 trabalhadores estão envolvidos nas etapas iniciais, como terraplanagem, mas o número pode variar entre 1.800 e 2.000 profissionais ao longo da construção.

Outros projetos aguardam início, como a ampliação da Eldorado Brasil e a UFN3, cuja confirmação oficial ainda é aguardada. Também estão em andamento obras menores de infraestrutura, como barragens, ampliação de unidades da CTG e drenagem em cidades como Aparecida do Taboado e Paranaíba. Em todas essas obras existe a atuação do sindicato em relação a questões trabalhistas.

Um dos desafios destacados pelo presidente do sindicato é a escassez de mão de obra. “Hoje, se você precisar de 10 ajudantes, é difícil encontrar. Todos estão empregados”, afirma Nivaldo. A falta de profissionais afeta tanto as grandes obras quanto as menores, como construções residenciais e comerciais. Empresas têm enfrentado dificuldades para contratar trabalhadores para serviços temporários e para a construção civil convencional.

Salários

Nivaldo diz que o sindicato tem trabalhado na negociação de acordos coletivos, garantindo condições de trabalho mais justas. O salário base de um ajudante está atualmente em torno de R$ 1.800, incluindo benefícios como vale-alimentação, transporte e participação nos lucros. Entretanto, Nivaldo defende que o piso salarial deveria ser maior. “Um ajudante deveria ganhar, no mínimo, R$ 3.500 para ter uma qualidade de vida melhor”, afirma, destacando que o alto custo da folha de pagamento é um entrave para as empresas.

Abrangência

A área de atuação do Sintiespav abrange uma vasta região, incluindo cidades como Brasilândia, Selvíria, Aparecida do Taboado, Paranaíba, Chapadão do Sul e Costa Rica. Segundo Nivaldo, a construção pesada nessas localidades está em ritmo acelerado, com obras de infraestrutura como terraplanagem, asfaltamento e sistemas de esgoto.