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Tempo seco e quente atrai animais peçonhentos em Três Lagoas

Moradores de diversos bairros do município têm relatado medo e preocupação

Os escorpiões que habitam áreas urbanas se alimentam principalmente de baratas. - Foto: Reprodução/TVC
Os escorpiões que habitam áreas urbanas se alimentam principalmente de baratas. - Foto: Reprodução/TVC

Com a chegada das altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, os escorpiões voltaram a aparecer em Três Lagoas, o que tem causado medo e preocupação para a população de diversos bairros da cidade. Nesta semana, uma moradora do bairro Jardim das Acácias registrou imagens de um escorpião amarelo no quintal da casa, a espécie mais comum nos acidentes domésticos.

No bairro Jardim Oiti, o marido da dona de casa Vilma dos Santos foi picado por um escorpião na varanda. “Eu tinha saído e deixei ele em casa, com o menino que cuida dele. Quando menos esperou, ele veio com a cadeira de rodas para o meio da área e acabou pisando em um escorpião, que o ferroou no pé. Nós corremos com ele para a UPA, onde fez o tratamento. Depois ainda apareceram muitos outros escorpiões, e eu já matei vários. Quando chove, a situação piora ainda mais”, explica.

Outro caso ocorreu com a dona de casa Maria José Santana, também no Jardim Oiti. Na noite de segunda-feira (19), ela pisou descalça em um escorpião enquanto saía da cozinha. “Foi aterrorizante, porque aqui em casa sempre houve casos de escorpião, e eu tenho muito medo por causa do meu neto. A gente até já fez um anúncio nas redes sociais para chamar a atenção das autoridades. Por um tempo, deu uma pausa, os escorpiões não apareceram mais, então acabamos nos acostumando e esquecendo. Aí, eu estava recolhendo o lixo para colocar no balde, saí da cozinha e entrei no quintal. Quando pisei em algo, senti uma coisa estranha, pensei que fosse uma barata. Mas meu esposo veio correndo e falou: "Não, não é uma barata, você pisou em um escorpião!" E eu estava descalça. Acho que, como eu o pressionei bastante, ele não conseguiu me picar”.

Maria José, que tem crianças em casa, está preocupada com a possibilidade de um acidente mais grave. “Na hora que meu esposo viu, eu pulei, saí correndo e gritando, desesperada. Achei que ele tinha me picado. Eu disse: "Acho que ele me picou, não estou sentindo nada, mas acho que ele me picou!" Fiquei tão nervosa. Depois, ele sumiu, e meu esposo disse: "Precisamos achar o escorpião por causa do neném, do nosso netinho." Então, meu esposo procurou, e eu o ajudei a procurar, até que encontramos o escorpião perto da churrasqueira”.

Ela acredita que a presença dos escorpiões na casa dela esteja relacionada ao terreno baldio que tem ao lado. “Eu já encontrei escorpião no quarto do meu filho, no banheiro, perto do shampoo, em um local alto, não sei como ele conseguiu escalar até lá. O banheiro é forrado e tudo, e naquele dia meu filho estava perto do shampoo. Ele colocou a mão para pegá-lo e quase foi picado também. Temos vários relatos de situações semelhantes, inclusive na sala da minha casa. Estamos sempre atentos e usamos alvejante, que dizem ser eficaz, mas ainda assim tenho muito medo. Tenho um netinho de 4 anos e, enquanto os adultos podem resistir a certas coisas, as crianças me preocupam muito, especialmente por causa dele”.

Os escorpiões que habitam áreas urbanas se alimentam principalmente de baratas, sendo atraídos por locais com acúmulo de lixo. Embora não ataquem, eles se defendem quando se sentem ameaçados. Para evitar encontros indesejados, é recomendado manter lixos bem fechados, manter jardins e quintais limpos, evitar acúmulo de entulhos e instalar telas em ralos e soleiras nas portas e janelas.

Na casa da motorista Lauriane Dias Vitória, a situação também é preocupante. Ela já matou cinco escorpiões recentemente. “A casa estava abandonada e, agora que há pessoas morando aqui, foi feita uma limpeza. Antes, estava infestada de escorpiões, realmente cheia deles. Tenho uma criança autista e, inclusive, já encontrei escorpiões até em cima da cama do meu filho”.

Em caso de encontro com um escorpião, a orientação é afastar-se lentamente e manter o animal sob vigilância, entrando em contato imediatamente com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou o Corpo de Bombeiros. O telefone do CCZ é (67) 99251-1668.

Veja a reportagem abaixo: