O estado de Mato Grosso do Sul, conhecido pelos rios, lagos e córregos, enfrentou um 2024 marcado por desafios devido ao calor intenso, que frequentemente ultrapassava os 33°C, tornando a busca por refresco nas águas mais perigosa. Com mais de 60 afogamentos registrados, o Corpo de Bombeiros criou um Gabinete de Crise para estudar os locais de maior risco, destacando cidades como Três Lagoas, que está cercada por três rios, Paraná, Sucuriú e Verde, além de diversos lagos e córregos.
Em entrevista ao jornal RCN Notícias, o tenente Cândido, do Corpo de Bombeiros de Três Lagoas, alertou para a importância de cuidados ao se refrescar nas águas. Ele destacou a necessidade de escolher locais com estrutura mínima de segurança, como o Balneário Miguel Jorge Tabox, que conta com redes de contenção e salva-vidas, e advertiu sobre os perigos de locais improvisados, como baldes e cochos, que podem ser fatais para crianças, como foi o caso de uma tragédia em Mundo Novo, onde uma criança de 1 ano e meio morreu afogada.
O tenente também enfatizou que, embora o 5º Grupamento de Bombeiros (5º GBM) esteja sempre pronto para emergências, a prevenção é essencial para evitar acidentes. Em casos de afogamento, ele orientou que se usem objetos flutuantes, como boias ou pedaços de isopor, para tentar salvar a vítima, evitando o contato direto, o que poderia aumentar o risco de morte para ambos.
Apesar da alta temporada, Três Lagoas não registrou resgates ou buscas por desaparecidos nos rios e lagos no final de 2024. No entanto, Água Clara, cidade vizinha, concentrou o maior número de chamados para buscas no Rio Verde.
O tenente Cândido finalizou com um alerta à população: em situações de emergência ou risco de afogamento, o número 193 deve ser acionado para que os bombeiros possam agir rapidamente.
O tenente Cândido concedeu uma entrevista ao vivo ao jornal RCN Notícias, com transmissão simultânea na Rádio Cultura FM106,5, TVC Canal 13.1 e no site RCN67.