Terrenos baldios são uma realidade em diversos bairros de Três Lagoas. Além de prejudicarem o visual da cidade, esses espaços muitas vezes acabam acumulando lixo, mato alto e atraindo animais peçonhentos. Mas, enquanto alguns terrenos continuam abandonados, os moradores estão encontrando formas criativas de lidar com o problema e transformar esses locais em áreas produtivas.
Um exemplo disso é o mecânico Reginaldo dos Reis Pinheiro, que vive há 10 anos no bairro Montanini. Como muitos de seus vizinhos, Reginaldo Sofria com os transtornos causados por um terreno baldio sujo ao lado de sua casa. “Era muita sujeira, o mato alto, sempre apareciam escorpiões”, relata.
Mas, ao invés de esperar uma solução, Reginaldo decidiu tomar uma atitude. Com a autorização do proprietário, ele limpou o terreno e começou a plantar. Inicialmente, ele cultivava mandioca, mas há três meses transformou o espaço em uma horta, onde produz verduras para consumo e venda. " Se tivesse mais terrenos, eu plantava, é melhor que deixar sujo", diz Reginaldo.
Em Três Lagoas, a prefeitura tem intensificado a fiscalização sobre os terrenos baldios. Somente neste ano, mais de 1,5 mil multas foram aplicadas a proprietários de terrenos abandonados. O valor da multa varia conforme o tamanho do terreno e é calculado com base em 0,25 UFIM por metro quadrado, o que significa uma tarifa mínima de R$ 1,58 por metro quadrado.
A limpeza dos terrenos é de responsabilidade dos proprietários, mas quando estes são negligentes, a prefeitura intervém, limpando os espaços e cobrando os custos dos responsáveis. No entanto, casos como o de Reginaldo mostram que, com colaboração, é possível transformar esses espaços em algo útil para a comunidade.
A ideia de reaproveitar terrenos baldios sujos, transformando-os em hortas ou espaços comunitários, não só melhora o ambiente, mas também promove saúde e bem-estar para a população. Enquanto a fiscalização segue necessária, histórias como a de Reginaldo servem de exemplo para outros moradores e até mesmo para as autoridades, que podem ver nos terrenos baldios uma oportunidade de inovação.
Veja a reportagem abaixo: