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Saúde

Três Lagoas atinge meta de vacinação contra pólio em 2024

Rodas as unidades de saúde do município oferecem a vacina contra a doença

Em 2024, Três Lagoas alcançou um balanço positivo na imunização contra a poliomielite, atingindo a meta de vacinação. O esquema vacinal da doença passou por mudanças significativas, com a substituição da tradicional vacina oral (gota) pela versão injetável. Essa mudança, que ocorreu no início de novembro, descontinuou o uso da vacina em gotas, conhecida pela figura do Zé Gotinha, ícone das campanhas de imunização.

A coordenadora do setor de Imunização, Humberta Azambuja, destacou essa transição, lembrando do impacto histórico do Zé Gotinha. “Ele continua sendo um símbolo nacional da vacinação, mas a vacina de gotinha foi descontinuada. Desde 4 de novembro, estamos aplicando a poliomielite injetável”, afirmou. Em Três Lagoas, 7,5 mil crianças estão aptas a receber a dose de reforço da vacina, com a campanha focada em crianças de 15 meses a 4 anos.

A coordenadora também observou a grande procura pelo imunizante, especialmente no final do ano, quando as escolas exigem a atualização das cadernetas de vacinação. “As filas estão grandes para a atualização, mas a adesão tem sido muito boa. Recebemos 400 doses em novembro e 3,6 mil doses em dezembro, totalizando 4 mil”, afirmou.

Apesar da saudade do Zé Gotinha, as mães têm aceitado bem a vacina injetável. “Elas lamentam não poder mais fazer a foto do filho com o Gotinha, mas a adesão está sendo excelente. Não houve recusa”, disse Azambuja.

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, está quase erradicada mundialmente, com uma redução de 99,9% nos casos. Em Três Lagoas, todas as unidades de saúde oferecem a vacina contra a doença. A coordenadora destacou a importância dessa conquista. “A poliomielite é nossa prioridade em termos de vigilância e imunização. Estamos há mais de 40 anos vacinando nossas crianças contra a doença, que já foi erradicada no Brasil. A adesão à vacina injetável é crucial para garantir que a poliomielite não retorne ao país”, explicou.

A vacina injetável é considerada mais segura, pois é feita com vírus inativados, ao contrário da vacina oral, que utiliza vírus vivos atenuados. Esse avanço contribui para a erradicação do vírus no Brasil e para a proteção das crianças contra a doença.