O que já foi um dos clubes sociais mais elegantes e respeitados de Mato Grosso do Sul hoje enfrenta o descaso e o abandono. O Três Lagoas Clube (TLC), localizado no bairro Vila Nova, na zona norte da cidade, está deteriorado e tomado pelo mato, distante dos dias de glória em que recebia artistas consagrados e era frequentado pela elite três-lagoense.
Quem passa pelo quadrilátero formado pelas ruas Generoso Siqueira, Monir Tomé, Elmano Soares e Josino da Cunha Viana, dificilmente imagina que, ali, funcionava um espaço de lazer e eventos memoráveis. Hoje, o cenário é de abandono, sujeira e riscos à saúde pública.
A situação do antigo clube foi tema de discurso recente da vereadora Sirlene dos Santos na tribuna da Câmara Municipal. Indignada com o estado do prédio e de outros imóveis públicos da cidade, a parlamentar cobrou providências por parte do Poder Público.
“Inclusive, eu coloquei em pauta hoje sobre o Três Lagoas Clube, porque foi um local que fez muita festividade antigamente. Você precisa ver como era badalado naquela época. E hoje a gente vê naquela situação de abandono, de mato, sujeira ali dentro. Está com cadeado, não deu para eu entrar, mas eu vi e os moradores daquela região ali do Vila Nova com certeza têm cobrado, e eles têm que ser ouvidos também”, declarou.
Sirlene defendeu a criação de uma força-tarefa para limpeza do local, alertando também sobre os riscos à saúde causados pelo acúmulo de entulhos, água parada e a presença de escorpiões e mosquitos da dengue.
Além do TLC, a vereadora também chamou a atenção para o abandono do antigo centro comunitário do bairro Vila Nova. Segundo ela, o espaço — que no passado já abrigou até um posto policial — está com o portão aberto e sendo utilizado por usuários de drogas. “Está com muito mato, está aberto o portão, usuários de entorpecentes entram ali para fazer uso, e a gente vê a sujeira que está lá dentro. Já mandei ofício para os setores competentes para que tomem as devidas providências”, afirmou.
A parlamentar reforçou a importância de responsabilizar os proprietários dos imóveis e terrenos baldios para que realizem a limpeza e manutenção dos espaços, além de ações imediatas por parte da prefeitura para conter os riscos à saúde da população. “A nossa população não pode ficar na situação que está. Animais peçonhentos, acúmulo de água que pode causar dengue… Temos que entrar, atuar, fazer a limpeza e dar responsabilidade para quem é dono do local. A população não aguenta mais do jeito que está”, concluiu.