Dados do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta semana, mostram que em Três Lagoas, houve um crescimento de domicílios com acesso a cobertura de esgoto e coleta de lixo. O município é o segundo no Estado com maior percentual de moradias com esses serviços Os dados fazem uma comparação com os Censos realizados em 2010 e 2022, o último realizado e divulgado pelo IBGE no ano passado.
Nos domicílios onde havia banheiro ou sanitário, o Censo Demográfico investigou o tipo de esgotamento sanitário existente. A situação encontrada mais comumente foi o esgotamento por “Rede geral ou pluvial”. Em Mato Grosso do Sul, no ano de 2022, 462,8 mil de domicílios, nos quais moravam 1,25 milhão de pessoas, representando 45,8% da população, tinham esgotamento desse tipo. No Estado, 3,1% da população tinha fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede – situação onde o esgoto primeiro passa por algum tipo de solução individual no domicílio e depois é destinado à rede geral.
O conjunto dessas duas categorias, “Rede geral ou pluvial” e “Fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede” corresponde ao conjunto de domicílios conectados a algum serviço público que colete e afaste o esgoto domiciliar. Em 2022, 48,9% da população era atendida por coleta de esgoto. O número é 114% maior que o registrado em 2010
Em 64 municípios do Mato Grosso do Sul (81%), menos de metade da população residia em domicílios com coleta de esgoto. Neste quesito, ganha destaque São Gabriel do Oeste, com o maior percentual (82,85%), seguido de Três Lagoas (80,40%) e Bonito (77,34%). Em sentido oposto, vêm Jaraguari (0,39%), Sete Quedas (0,74%) e Água Clara (0,85%). Já quando considerados os requisitos do Plano Nacional de Saneamento Básico, em 33 (41,7%) municípios de MS, com menos da metade da população residia em domicílios com esgotamento por rede coletora ou por fossa séptica.
Ainda segundo o IBGE, 93,87% dos domicílios de Três Lagoas tem acesso à rede geral de distribuição de água encanada.
Lixo
Em MS, dos cerca de 980 mil domicílios contabilizados, 885 mil (90,33%) tinham seu lixo coletado de algum modo. Quando visto pela ótica de moradores que tenham acesso ao serviço, 2,45 milhões de pessoas eram servidas de coleta de lixo (89,7%). O número é a soma dos 87,8% que tinham o lixo coletado no domicílio e dos 1,9% cujo lixo era depositado em caçamba de serviço de limpeza e então, coletado pela empresa.
Nas outras categorias, tem-se que 8,44% da população moravam em domicílios cujo lixo era queimado na propriedade, em 1,13% era enterrado, 0,14% jogado em terreno baldio, encosta ou área pública e 0,60% tinham o lixo descartado em outro destino.
Entre os municípios, ganha destaque Campo Grande com o maior percentual (99,23%) de coleta de lixo, seguido por Três Lagoas com 97,96%. Japorã apresenta o menor percentual (24,41%).
Veja a reportagem abaixo: