O estudo do Atlas da Violência publicado, nesta semana, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostrou que Três Lagoas é a 3ª cidade mais violenta de Mato Grosso do Sul, ficando atrás apenas de Dourados e Campo Grande.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em 2024, foram registrados seis homicídios, no município. Em 2023, foram 16 casos e, em 2022, 15 homicídios.
O estudo do Atlas da Violência foi baseado em dados da Sejusp. O relatório mostrou também a realidade da violência no país. De acordo com o Ministério de Justiça e Segurança Pública, o Brasil, em 2023, registrou 40.464 homicídios, sendo que em 2022, contabilizou 42.190, apresentando redução de 4,09%. Porém, diversas famílias ainda vivenciam todos os dias a violência e a perda de entes.
A dona de casa Maria Geralda Rodrigues, de 50 anos, sabe bem a dor de perder um filho. Em fevereiro deste ano, ela teve o filho, Gabriel Ferreira Rodrigues, de 26 anos, assassinado na porta de casa, no bairro São João, em Três Lagoas.
Desanimada e abatida, Maria Geralda precisa tomar remédio controlado para poder lidar com a perda e tentar esquecer a cena do filho sendo alvejado. Segundo ela, Gabriel estava sentado em frente de casa quando um motociclista chegou e efetuou cinco disparos com arma de fogo contra ele.
Com lágrimas, Maria contou que, no portão da casa, ainda tem a marca de uma bala. Uma cena e perda que nenhuma mãe merece passar. Segundo investigações, Gabriel estava envolvido com tráfico de drogas. A mãe disse, inclusive, que o filho recebeu várias ameaças. A morte de Gabriel é mais um caso que entra para a triste estática dos índices de violência em Três Lagoas.
Veja na reportagem abaixo: