Na tarde desta quinta-feira (26), Três Lagoas ficou encoberta por uma densa nuvem de fumaça e com temperaturas de 39,9º. De acordo com João Luiz, coordenador da Defesa Civil, a fumaça é resultado das queimadas na Amazônia brasileira e boliviana, além de incêndios florestais em áreas vizinhas no estado de São Paulo, como Castilho e Ilha Solteira.
A situação foi agravada pela chegada de uma frente fria que traz ventos do Noroeste, carregando ainda mais fumaça para a região. “Ontem pela manhã, a cidade ficou coberta por fuligem, mas não há registros de incêndios dentro do perímetro urbano de Três Lagoas”, afirmou João Luiz, antes do incêndio da mata do Exército.
Onda de calor intensa e riscos à saúde
Além da fumaça, Três Lagoas está enfrentando uma intensa onda de calor, com temperaturas registradas de 42,5°C e sensação térmica entre 45°C e 50°C, conforme dados da Estação Meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
João Luiz destacou que esta onda de calor é mais grave do que a registrada em 2023, e a situação é crítica, especialmente com os baixos índices de umidade do ar. Na quarta-feira, o município entrou em alerta vermelho tanto para calor quanto para umidade, o que aumenta os riscos para a saúde da população. "As altas temperaturas e a baixa umidade afetam principalmente idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias, como a bronquite. Os sintomas incluem atenção nos olhos, quedas de pressão arterial, tosse seca e garganta irritada", explicou o coordenador da Defesa Civil.
Recomendações da Defesa Civil
Para minimizar os efeitos das ondas de calor e da baixa umidade, a Defesa Civil orienta que a população evite a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, mantenha-se hidratada e umedeça os ambientes. "Se puder, evite atividades braçais entre 10h e 14h. Mantenha as crianças nas escolas e creches bem hidratadas e umidifique o ambiente jogando água no chão ou usando toalhas molhadas", sugeriu João Luiz.
Mudança
Apesar das dificuldades, a chegada de uma frente fria nesta quinta e sexta-feira traz esperança de temperaturas mais amenas e até tempestades, típicas da primavera na região. Segundo a previsão da Defesa Civil, outubro e novembro deverão registrar chuvas dentro da média esperada, o que aliviaria a situação, mas não eliminaria as ondas de calor.
“Embora as chuvas possam vir em maior volume, as altas temperaturas continuarão a ser um desafio global que exige adaptação”, concluiu João Luiz.
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