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Três Lagoas fica entre as 100 melhores do país, mas com desafios pela frente

Município se destacou no ranking de Cidades Sustentáveis, ficando no Top 10 do Centro-Oeste e em 62º no país

Mobilidade urbana é um dos segmentos que precisa ser melhorado na cidade. - Foto: Divulgação
Mobilidade urbana é um dos segmentos que precisa ser melhorado na cidade. - Foto: Divulgação

Três Lagoas se destaca entre as 100 melhores cidades do Brasil, conforme o ranking da Connected Smart Cities, realizado pela consultoria Urban Systems. Com uma nota geral de 30.469, o município ocupa a 62ª posição entre as Cidades Sustentáveis, sendo a 7ª colocada na região Centro-Oeste e a 34ª entre as cidades de porte médio (100 a 500 mil habitantes). Apesar dos avanços em governança e meio ambiente, há desafios importantes em setores como mobilidade urbana, saúde, educação e economia.

Governança e meio ambiente

No cenário nacional, Três Lagoas está na 28ª posição no ranking de governança, subindo 12 posições em relação ao ano anterior. A cidade apresenta bons índices de gestão pública, especialmente em educação, saúde e segurança, além de investimentos per capita consideráveis nessas áreas. O uso de ferramentas digitais para atendimento ao cidadão reforça o avanço na modernização dos serviços públicos.

No entanto, a cidade viu uma queda no ranking de meio ambiente, saindo da 13ª posição em 2023 para a 31ª em 2024. Problemas como baixa cobertura na coleta de resíduos e reciclagem são alguns dos desafios que Três Lagoas precisa superar para recuperar posições no ranking de sustentabilidade.

Mobilidade urbana e economia

Três Lagoas ficou fora do top 100 no ranking em mobilidade urbana, evidenciando problemas como a falta de ciclovias e semáforos inteligentes, além de uma alta dependência de transporte individual. A baixa oferta de transporte coletivo e de mais voos regulares são obstáculos que dificultam a locomoção dos moradores.

No setor econômico, a cidade também ficou no ranking das 100 melhores. Embora tenha registrado crescimento no número de empresas de economia criativa (45,24%) e tecnologia (40%), a falta de infraestrutura, como incubadoras e parques tecnológicos, impede um maior desenvolvimento do empreendedorismo local.

Educação e saúde em declínio

Três Lagoas apresentou uma queda nos indicadores de saúde e educação. No setor educacional, a cidade caiu da 66ª para a 89ª posição, com desafios relacionados à qualidade de ensino e acesso à tecnologia. Na saúde, o baixo índice de médicos por habitante, a demora para o agendamento de consultas públicas e o número de óbitos infantis, foram apontados como pontos críticos.

Oportunidades de crescimento

Os resultados mostram que, embora Três Lagoas tenha se destacado em áreas importantes, ainda há muito a ser feito para que a cidade alcance um patamar de excelência em todos os eixos avaliados. Investir em mobilidade urbana, transparência pública, inovação e empreendedorismo são passos essenciais para que o município continue avançando e se torne um modelo de desenvolvimento sustentável para outras cidades brasileiras.

Veja a reportagem abaixo: