A quantidade de casos de H1N1, em Três Lagoas, acende alerta do setor de Saúde. Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, 12 moradores foram confirmados com a doença, como informou a Secretaria Municipal de Saúde à reportagem.
A região Centro-Oeste do Brasil já enfrenta um surto de H1N1 e duas crianças morreram por conta da doença, em Goiás. O estado de São Paulo também está em alerta com a propagação do vírus, o que preocupa mais ainda os estados vizinhos, como Mato Grosso do Sul. Outro fator emblemático apontado pela própria pasta da Saúde é o baixo índice de vacinação da população prioritária. Em 2024, apenas 50% do público-alvo foi imunizado, distante dos 90% recomendados pelo Ministério da Saúde. A coordenadora do Setor de Imunização, Humberta Azambuja, destacou que Três Lagoas está em risco de vivenciar aumento expressivo de casos de H1N1. “É uma questão de tempo, pois a cepa viral está em circulação ativa em Goiás, onde já ocorreram duas mortes, e três escolas estão sob investigação por possível surto. No interior de São Paulo, diversas cidades já registraram casos e óbitos. Em Mato Grosso do Sul estamos em alerta”, observou. Em 2023, foram registrados 13 casos de H1N1 no município e um óbito pelo vírus influenza.
Humberta reforçou que a vacina está disponível em todas as unidades de saúde, sem restrição ao público prioritário. Os grupos de risco incluem crianças, com menos de cinco anos, idosos acima de 60, gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades. A infecção pelo H1N1 apresenta sintomas semelhantes aos da gripe comum, mas, em quadros graves, pode ser fatal.