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Três Lagoas registra aumento de 15% nos casos de dengue

Município também confirmou três casos de dengue tipo 3 (DENV-3)

O vírus da dengue, pertencente à família dos flavivírus, possui quatro sorotipos distintos.
O vírus da dengue, pertencente à família dos flavivírus, possui quatro sorotipos distintos. | Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Em janeiro de 2025, Três Lagoas registrou um aumento de 15% nos casos de dengue em comparação ao mesmo período de 2024. O número de casos subiu de 85 para 98, com 8 já confirmados. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta que, além do aumento nos registros, o município também confirmou três casos de dengue tipo 3 (DENV-3), após mais de 15 anos sem ocorrência desse sorotipo na região. Esses casos, que ocorreram em dezembro de 2024, foram identificados apenas agora.

O DENV-3 é motivo de preocupação, já que a maioria da população não possui imunidade contra esse sorotipo, que não circulava na cidade desde 2009.

O vírus da dengue, pertencente à família dos flavivírus, possui quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção por um sorotipo oferece imunidade permanente contra ele, mas não protege contra os outros. Infecções subsequentes aumentam o risco de formas graves da doença, sendo o DENV-3 frequentemente associado a complicações mais severas.

O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais agressivos, com maior risco de causar complicações graves. Estudos indicam que uma segunda infecção por qualquer sorotipo eleva ainda mais o risco de complicações, o que torna o alerta ainda mais importante.

Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço e manchas na pele. O diagnóstico do sorotipo só pode ser feito por meio de exame de isolamento viral nos primeiros cinco dias de sintomas. Após esse período, exames sorológicos confirmam a dengue, mas não identificam o sorotipo.

Em caso de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediato. Qualquer sorotipo pode causar complicações graves, incluindo o DENV-3.

Com a circulação dos quatro sorotipos no país, é essencial reforçar a prevenção contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. As principais medidas incluem eliminar focos de água parada, usar repelentes, instalar telas de proteção e manter reservatórios de água bem fechados. A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância de conscientizar a população para evitar a disseminação da doença e proteger a saúde de todos.

*Com informações da Prefeitura de Três Lagoas