Três Lagoas tem sofrido baixa adesão aos imunizantes essenciais para crianças e grupos prioritários, como idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. Segundo dados da Central de Imunizações, seis vacinas estão com um percentual abaixo do ideal, incluindo quatro de rotina e duas de campanha, como as vacinas contra rotavírus, febre amarela, Covid-19 e pneumocócica. As vacinas contra a dengue e a gripe também entram na lista.
A coordenadora da Central, Humberta Azambuja, destaca que a situação é preocupante e enfatiza a importância da vacinação, já que todos os imunizantes estão disponíveis nas unidades de saúde do município.
A vacina pneumocócica, destinada a crianças entre 6 meses e 1 ano, alcançou apenas 83% de cobertura, enquanto a meta do Ministério da Saúde é de 95%. A vacina contra rotavírus, aplicada na mesma faixa etária, está com cobertura de apenas 83%, com meta de 90%.
As doses contra Covid-19, incluídas no calendário essencial neste ano, atingiram apenas 30% do público-alvo entre 6 e 5 anos, quando a meta é de 90%.
A situação é semelhante para outras vacinas, como a da dengue, com apenas 23% de cobertura entre os 11 e 14 anos, quando a meta é de 90%, e a da gripe, com 28% de cobertura do público-alvo, contra a meta de 90%.
A baixa cobertura vacinal do imunizante contra a febre amarela é a que mais tem preocupado as autoridades de saúde. As doses são aplicadas em crianças a partir de 9 meses e atingiram, até o momento, apenas 85% de cobertura, quando a meta é de 95%.
Entre 2023 e 2024, o Brasil registrou quatro casos confirmados, sendo três fatais. O caso mais recente ocorreu em Lindóia (SP), na semana passada.
Para Humberta, a longa eficácia das vacinas na proteção coletiva contra doenças é um fator que pode estar contribuindo para a baixa adesão atual. Todas as vacinas estão disponíveis gratuitamente nas 16 unidades de saúde de Três Lagoas, com horário estendido até às 18h.
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