O transplante de uma árvore de pequi (Caryocar brasiliense) com mais de 20 anos, realizado pela Prefeitura de Três Lagoas nesta segunda-feira (24), não obteve sucesso. Durante o procedimento, foi constatado que a planta apresentava sinais de podridão nas raízes e infestação por cupins, o que comprometeu sua estrutura e resultou na quebra do tronco antes da finalização da remoção.
A ação foi conduzida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (Semea) e se fez necessária devido à construção de um sistema de drenagem no bairro Setsul, onde a árvore estava localizada. Diante da impossibilidade de mantê-la no local original, a Prefeitura tentou o transplante, um procedimento inédito no município.
De acordo com o biólogo da Semea, André de Figueiredo Vilar, a deterioração da raiz foi identificada durante a escavação do solo ao redor da planta. “A partir do momento em que ela começou a tombar, rachou e quebrou. Quando isso aconteceu, a árvore ficou descompensada, impossibilitando a remoção para o transplante”, explicou.
Como alternativa, a Prefeitura estuda o plantio de novas mudas de pequi na praça do bairro Setsul, local onde a árvore adulta seria replantada. O pequi é uma espécie símbolo do Cerrado e tem grande importância ambiental e cultural, sendo valorizado tanto na culinária quanto na alimentação da fauna local.