O verão começou oficialmente no último sábado (21), e traz uma previsão de mudanças importantes para todo o Brasil. Ao contrário do que ocorreu em 2023, quando o fenômeno El Niño provocou ondas de calor intensas e eventos climáticos extremos, 2024 promete ser uma estação mais amena, com temperaturas mais próximas da média e um cenário de maior precipitação, especialmente em algumas regiões, como Três Lagoas.
De acordo com meteorologistas, o El Niño não deve afetar o clima neste verão, o que resulta em menos dias de calor excessivo e secas prolongadas. Em 2025, espera-se que os períodos de altas temperaturas sejam menos frequentes, com o Centro-Oeste, incluindo Mato Grosso do Sul, apresentando temperaturas até 3°C acima da média. Em Três Lagoas, por exemplo, a expectativa é de que as máximas fiquem entre 35°C a 37°C, com alguns picos de calor, mas a previsão é de que o verão seja mais chuvoso.
As chuvas, no entanto, devem ocorrer em um padrão diferente do habitual: serão mais intensas, mas concentradas em períodos curtos. Esse aumento de intensidade das precipitações pode gerar o risco de alagamentos, especialmente em regiões como o Sul, o Centro-Oeste e o Leste de Mato Grosso do Sul, incluindo cidades como Três Lagoas, Campo Grande, Ponta Porã e Ivinhema. A combinação de chuvas fortes, rajadas de vento e até granizo poderá afetar essas áreas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta que o verão de 2024 será marcado por chuvas frequentes em boa parte do país, com volumes superiores a 400 mm em algumas regiões. O fenômeno da zona de convergência do Atlântico Sul será o principal responsável por essas precipitações, com destaque para o Centro-Oeste, onde as chuvas podem ser ocasionadas por essa formação atmosférica.
Para a agricultura, as chuvas podem trazer tanto alívio quanto desafios. Embora as precipitações sejam bem-vindas, a intensidade e a frequência podem representar risco para lavouras, com possibilidade de danos causados por alagamentos e inundações. Além disso, a previsão de um verão mais chuvoso levanta a necessidade de atenção redobrada para as condições climáticas durante os meses de janeiro e fevereiro, quando o pico de chuvas é esperado.