A situação do Partido Liberal (PL) em Três Lagoas está em uma fase delicada. Após uma série de irregularidades nas convenções partidárias, o vereador Paulo Veron da Mota entrou com um pedido de impugnação contra o partido, complicando ainda mais a corrida eleitoral de 2024. A Justiça Eleitoral está correndo contra o tempo, já que o prazo final para a inserção dos nomes dos candidatos nas urnas é dia 17 de setembro.
O caso está em análise pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) e, embora o processo nº 0600150-91.2024.6.12.0051 ainda esteja sub judice, as decisões recentes da juíza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda indicam um desfecho próximo. A magistrada já tentou a intimação de todas as partes envolvidas, incluindo o vereador Paulo Veron, que tem até o dia 16 de setembro para se manifestar sobre a impugnação apresentada.
Crise interna
O impasse começou após a convenção do PL, onde Paulo Veron alega que foram identificadas diversas falhas no processo. Mesmo com autorização do TRE-MS para que o partido corrigisse as irregularidades e realizasse uma nova convenção, os dirigentes do PL de Três Lagoas optaram por manter as divisões internas, levando o partido a um caminho desunido.
Essa desorganização interna pode ter consequências graves: se o partido não resolver as pendências dentro do prazo estipulado, corre o risco de não poder registrar candidatos para as eleições proporcionais deste ano, o que inviabilizaria a participação de seus candidatos na disputa. Além disso, todos os votos destinados ao partido poderão ser invalidados.
Se o processo seguir sem resistência formal por parte do vereador Paulo Veron, a impugnação será processada normalmente, com os candidatos do PL permanecendo nas urnas, mas com seus votos em risco de invalidação. O cenário impõe um desafio significativo para o partido, que precisa organizar suas fileiras e resolver a crise interna para não prejudicar sua participação nas eleições municipais de outubro.