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‘Você descobre resiliência e poder’, diz paciente no processo de superação de câncer de mama

Esperança: dona de casa destaca a fé e a recuperação da autoestima.
Esperança: dona de casa destaca a fé e a recuperação da autoestima.

A luta contra o câncer de mama foi uma grande batalha para a dona de casa Andreia Rodrigues, de 42 anos, moradora de Três Lagoas. Há dois anos, ela descobriu a doença ao notar um caroço através do autoexame. Ela procurou ajuda médica e recebeu o diagnóstico: o caroço estava com dois centímetros de diâmetro. Ao Jornal do Povo, Andreia contou que iniciou o tratamento com quimioterapia, mas, após poucas sessões, descobriu uma intoxicação no coração devido as medicações. Em janeiro de 2024, realizou uma cirurgia de remoção das mamas.

Desde então, Andreia relata que voltou à sua rotina e se sente bem e curada. “Você descobre resiliência e poder, você nem acredita que tem tanta força. Tive muito apoio da Rede Feminina, principalmente psicológico, porque tudo pode acontecer”, destacou.

Rodrigues ressalta a importância de realizar os exames de mamografia e papanicolau com frequência, para identificar o câncer no início, o que é fundamental para maiores chances de recuperação. Ela aponta a relevância do “Outubro Rosa”, na promoção da conscientização sobre a prevenção do câncer. “Nunca perca a fé em Deus. Tudo passa, é uma fase, e depois, as coisas voltam ao normal. Mas nunca se deve perder a esperança e a confiança. É um período passageiro. Assim que eu tive o diagnóstico, procurei a Rede porque trabalha com acolhimento, têm psicólogos, o psicológico fica abalado. Às vezes, a gente perde o cabelo, cílios e sobrancelhas, está sempre cansada, sem autoestima”, concluiu.

Poder da fé

Quem também viveu a superação após um diagnóstico traumático foi Mara Talia, de 34 anos, que descobriu há nove anos um tumor cerebral após fortes dores de cabeça, tonturas e desmaios recorrentes. Foi por meio da fé e da ajuda de uma igreja, a qual frequenta que foi possível realizar a cirurgia de retirada do tumor. Porém, ela perdeu a visão e a mobilidade após a cirurgia.

Maria contou à reportagem que ao longo dos anos conseguiu recuperar parte da visão e a se locomover com mais facilidade. O tumor voltou em março deste ano, quando foi necessário passar por outra cirurgia. Desta vez, contou que buscou ajuda na Rede Feminina. “A Rede ajudou muito nesse processo. Eles [equipe] têm esse olhar, abraçam, dão colo, meu esposo passou pelo psicólogo. Eu fiz fisioterapia, a equipe vem aqui em casa, são amáveis, conseguiram a cadeira de banho e de rodas. A vida é feita de remédios, hospitais e clínicas. Mas, as atividades, festas que a entidade nos faz ajuda a esquecer disso”, observa.

Ela destacou ainda que, para passar pelo processo de tratamento, é importante que a pessoa esteja em boas companhias e em meio à natureza. Segundo Maria, ao entrar em uma sala de cirurgia é preciso estar com pensamento positivo.