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Três Lagoas

Justiça autoriza entrada de agentes em casas para fazer borrifação

Agentes de Três Lagoas têm liminar para borrifar 21 residências

Trabalho de borrifação é feito em regiões com casos confirmados - Arquivo
Trabalho de borrifação é feito em regiões com casos confirmados - Arquivo

A Juíza de Direito da Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos, Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, deferiu na última segunda-feira,9, uma liminar a favor do município autorizando os agentes de combate a endemias a entrarem na residência de 21 moradores para borrifar o veneno utilizado no controle dos mosquitos transmissores da dengue, chicungunha e leishmaniose.

A decisão da juíza foi embasada em uma ação movida pelo município contra esses moradores que não permitiram a entrada dos agentes de endemias em suas residências para realizarem o trabalho no combate a essas doenças. De acordo com a decisão, os moradores deverão ser previamente advertidos de possíveis efeitos colaterais provocados pela substância.No caso de negativa desses moradores em autorizar a entrada dos agentes, a juíza autorizou o apoio de reforço policial e arrombamento, tudo com mínima intervenção e dentro do estritamente necessário.

Segundo o coordenador do Setor de Endemias, Benício Donizete da Silva, ainda é grande o número de moradores que criam resistência à entrada dos agentes em suas residências. E, quando isso acontece, o município tem que acionar a justiça. A maior resistência, segundo Silva, é em relação ao trabalho no combate a leishmaniose. “Temos certa dificuldade porque o agente precisa entrar na residência para passar o inseticida nas paredes. Então, o morador precisa tirar os quadros e arredar os móveis para que o inseticida possa ser passado na parede”, comentou.

De acordo com Benício, é muito importante esse trabalho de borrifação nas residências, pois é a última “arma” no combate aos mosquitos transmissores dessas doenças. “O inseticida tem validade por quatro meses no combate à leishmaniose, por isso que é aplicado dentro da residência, e no contato com a parede o mosquito morre”, explicou.

Ainda segundo o coordenador, o trabalho de borrifação é feito somente nas residências onde existem casos de leishmaniose no bairro. Em 2015, um caso de leishmaniose positivo já foi registrado em Três Lagoas. No ano passado, foram nove casos e um óbito da doença no município.