A Justiça Federal de Três Lagoas conseguiu bloquear 768 mil de dois envolvidos em um esquema que fraudava benefícios do INSS em Aparecida do Taboado. A decisão foi embasada em uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que investigava o proprietário e a funcionária de um escritório de contabilidade, acusados de emitir declarações falsas de atividade rural para, em conjunto com ex-servidor do INSS, conseguir aposentadorias rurais.
De acordo com o documento, Paulo Roberto Schumaher e Silvia Shiutti Romão, em pelo menos seis ocasiões, fraudaram benefícios previdenciários de pessoas que buscavam aposentadoria. Clientes eram indicados pelo então técnico do INSS Celso Corrêa Albuquerque ou procuravam a empresa para obter a documentação necessária.
Segundo apurado pelo MPF, os documentos, incluindo declarações falsas, eram, em seguida, encaminhados à Agência de Previdência Social, onde o chefe da agência, habilitava os pedidos e concedia os benefícios. Pela aposentadoria, idosos chegaram a pagar R$ 1, 2 mil em dinheiro ou se comprometiam a entregar ao escritório parcelas do benefício a ser recebido.
Com o esquema, a aposentadoria era concedida sem o preenchimento dos requisitos legais e até mesmo sem sequer o beneficiário ter procurado pessoalmente uma agência do INSS.