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Decisão

Justiça concede liberdade para empresário que atirou contra árbitro após partida de futsal

O crime aconteceu logo depois da Copa de Futebol de Salão de Três Lagoas, no Ginásio Municipal de Esporte "Cacilda Acre Rocha"

O crime aconteceu logo depois de uma partida da semifinal da Copa de Futebol de Salão da cidade, no Ginásio Municipal de Esporte "Cacilda Acre Rocha". - Reprodução/TVC
O crime aconteceu logo depois de uma partida da semifinal da Copa de Futebol de Salão da cidade, no Ginásio Municipal de Esporte "Cacilda Acre Rocha". - Reprodução/TVC

A Justiça concedeu Habeas Corpus para o empresário e patrocinador de um time de futsal, Abner Fernando Amaral, de 42 anos, investigado por envolvimento em uma tentativa de homicídio, em Três Lagoas. O recurso foi julgado nesta quinta-feira (25) e a decisão para que o empresário responda ao processo em liberdade é da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). Os desembargadores também determinaram a substituição da prisão por medidas cautelares.

O empresário Abner Fernando foi preso na noite de 16 de julho deste ano após efetuar um disparo contra um árbitro de futsal. O crime aconteceu logo depois de uma partida da semifinal da Copa de Futebol de Salão da cidade, no Ginásio Municipal de Esporte "Cacilda Acre Rocha". Abner foi preso por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Durante depoimento na Polícia Civil, ele preferiu manter o silêncio e não quis dar declarações.

No dia seguinte, foi levado para a Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas. O empresário deverá deixar a prisão ainda na noite desta quinta-feira, segundo a defesa. O Habeas Corpus foi impetrado pelo escritório Tiago Martinho Advocacia.

Entenda o caso

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o árbitro de futsal é Rodrigo Lopes. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o fato ocorreu. A ação contou com a participação de populares que ajudaram a conter Abner. Segundo as informações da ocorrência, um policial, que estava de folga, presenciou o fato. Ele ouviu o disparo de arma de fogo e viu o momento em que o empresário saiu correndo pela avenida e jogou a arma, uma pistola calibre 22, com seis munições, dentro de um veículo estacionado.

O policial à paisana fez a abordagem do empresário e acionou a equipe da Polícia Militar para que fosse até o ginásio. O suspeito confessou aos policiais que era patrocinadorPorém, não confirmou o motivo e apenas declarou que efetuou o disparo com intuito de assustar a vítima.

O empresário foi levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac). O árbitro de futebol também foi até lá e contou sua versão dos fatos. Ele relatou que estava na função de terceiro árbitro de uma partida e que durante o todo jogo o empresário ficou xingando a equipe de arbitragem. Também reclamando da atuação de todos os integrantes.

Quando o jogo acabou, de acordo com ele, o treinador tentou agredi-lo, mas foi contido por outras pessoas que estavam no ginásio. Após isso teria ido até uma conveniência que fica ao lado do ginásio, ocasião em que foi avisado por um integrante da equipe que o treinador teria ido até o carro buscar uma arma.

A vítima informou para a polícia que ao receber essa mensagem foi direto para a sua moto com a intenção de ir embora do local. Ao acelerar, o suspeito teria se aproximado, apontado a arma na sua direção e efetuou o disparo. No entanto, o árbitro não foi atingido.