Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) revelou que Três Lagoas está se aproximando dos 100 casos de leishmaniose em animais apenas nos primeiros dois meses de 2024. Esse aumento serve como um alerta, principalmente depois que uma pessoa foi infectada pela doença.
A leishmaniose, uma zoonose que afeta tanto animais domésticos quanto humanos, apresenta sintomas que se desenvolvem gradualmente e de forma silenciosa. A doença é considerada grave e potencialmente fatal, sendo transmitida principalmente pela picada do flebótomo, também conhecido como mosquito palha.
De acordo com o veterinário Hugo Nogueira, se não for tratada, a doença pode levar à morte. Em humanos, os principais sintomas são febre, crescimento abdominal e anemia. Já nos animais, a leishmaniose causa crescimento abdominal, paralisação dos órgãos, descamação em volta dos olhos e nas orelhas, além de que o animal para de comer e começa a emagrecer
Em 2023, foram registradas 1.472 infecções em animais e 13 em humanos, resultando em uma morte. A Secretaria Municipal de Saúde também identificou os bairros com maior incidência de casos na cidade, sendo a Vila Alegre, Jardim Paranapungá, Jardim Oiti e Alto da Boa Vista.
O tratamento envolve a restauração da imunidade do animal e o uso de coleiras repelentes para evitar a picada do mosquito. No caso dos humanos, são necessários medicamentos, acompanhamento médico regular, repouso e uma dieta adequada.
Segundo a coordenadora do setor de entomologia, Geórgia Andrade, a prefeitura está instalando armadilhas para capturar esses vetores, visando reduzir sua proliferação em Três Lagoas. Atualmente, o setor está realizando um estudo no bairro Vila Alegre para avaliar a eficácia das armadilhas em conjunto com as coleiras repelentes nos cães.
Se algum morador suspeitar da presença do mosquito em sua residência, pode entrar em contato com o setor de Entomologia para solicitar a instalação das armadilhas pelo número (67) 3909-1803.
A Secretaria de Saúde do município também planeja realizar novas ações de combate ao mosquito nos bairros com maior quantidade de contaminações, mas ainda não há datas definidas para essas ações.
Confira a reportagem abaixo: