A empresa Evolua Ambiental Engenharia e Consultoria, de Londrina (PR), contratada pela Prefeitura de Três Lagoas, concluiu um roteiro georreferenciado e de delimitação das áreas das lagoas da cidade para definição da zona de amortecimento da unidade de conservação e a lâmina d’água.
O roteiro tem por finalidade a elaboração da lei de criação da Unidade de Conservação Monumento Natural das Lagoas. A partir disso, a intenção da prefeitura é utilizar os recursos de compensação ambiental destinados pelas empresas que se instalam na cidade ao Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul).
De acordo com a legislação ambiental, os recursos só podem ser utilizados em unidade de conservação integral. Em Três Lagoas, existem duas áreas: o Parque do Pombo e a Reserva das Capivaras.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Jurandir da Cunha Viana, o Nuna, após a aprovação da lei é que a prefeitura dará início ao Plano de Manejo das Lagoas, que definirá como deve ser a ocupação dessas áreas, inclusive em relação aos animais que habitam no local, principalmente capivaras.
RECURSOS
De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, boa parte dos recursos de compensação ambiental devido à ampliação da Fibria boa parte já foi utilizada na construção do Aquário do Pantanal, em Campo Grande. O projeto que destinou R$ 34 milhões para a obra na capital, segundo ele, foi aprovada pela Assembleia Legislativa na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB).
Em relação aos recursos recolhidos devido à ampliação da Eldorado, o secretário explicou que os depósitos prosseguem. Pela legislação, a empresa tem até o final da obra para depositar todo o valor. “A prioridade é de que os recursos sejam aplicados em Três Lagoas. No entanto, existem limitações de gastos. Esse recurso não pode ser utilizado em qualquer obra. Podemos utilizar no Parque do Pombo ou na criação de novas unidades, mas é muito restrito o seu uso”, destacou.
Quanto à possibilidade do recurso ser utilizado nas lagoas, o secretário disse que “não é tão simples” principalmente porque a prefeitura teria que fazer desapropriações de terrenos próximos.