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Três Lagoas

Lista de material escolar tem variação de até 100%

Outras dicas para economizar são: realizar as compras em conjunto com outros pais, o que dará maior chance para negociar menores preços

Com a realização da Copa do Mundo em junho deste ano, o início das aulas será antecipado. Em Três Lagoas os alunos da rede municipal retornam para a sala de aula no dia 5 de fevereiro, enquanto que as aulas na rede estadual começam um dia antes (4). Esse fato está obrigando os pais a anteciparem as comprasnas papelarias. A lista de material escolar tem uma variação de preço de até 100%, dependendo dos itens escolhidos por marca e principalmente por produtos licenciados, que  estampam figuras de personagens infantis e juvenis.

Proprietário de papelaria, Sandro Camargo Corniani, informou que a lista de itens escolares de aluno pode custar entre R$ 100,00 e R$ 1.000,00. “O material mediano, sem mochila e estojo, sai mais em conta. Os itens licenciados incluídos mochila e estojo custam em torno de R$ 1.000,00.
 
Por exemplo, temos caixa de lápis de cor com 12 unidades que varia entre R$ 4,95 e R$ 22,00; já o preço dos cadernos de brochura de 96 folhas varia entre R$ 9,00 e R$ 21,00, sempre dependendo da marca e se os produtos são ou não licenciados”, exemplificou Sandro, que comentou que as opções pelos materiais mais caros correspondem a 30% das vendas. “Diferente do que muitas pessoas pensam, não são as famílias com maior poder aquisitivo que gastam mais, mas asde classe média, sem contar que 60% das crianças de escolas públicas que recebem kit de material, acabam  ignorando o recebimento por achar simples”, completou.
 
Desde dezembro os pais têm levado as listas até a livraria, para fazer aquisição de material escolar e que  90% dos pais preferem levar a criançada para a livraria no momento da compra.
 
Por enquanto, as vendas de itens escolares em Três Lagoas teve aumento de 15%, mas após dia 20 deste mês a expectativa é deque o aumento suba para 40%.
 
DICAS
Especialistas em finanças afirmam que, o que vale na hora de economizar é primeiro fazer o orçamento em diferentes papelarias e depois de escolher a que oferece melhores preços e produtos, pedir desconto no valor final, principalmente quem tem mais de um filho. Outra dica é para quem costuma levar a criançada para a escolha dos materiais, vale a pena conversar antes de sair de casa, tentando fazê-las entender a necessidade da economia, optando por itens mais em conta, já que elas são influenciadas pelos amigos e pelo marketing publicitário.
 
Outras dicas para economizar são: realizar as compras em conjunto com outros pais, o que dará maior chance para negociar menores preços; aproveitar ao máximo o que sobrou do ano anterior, assim como o aproveitamento de livros didáticos entre alunos de séries diferentes; a forma de abordagem com o vendedor também influencia, ou seja, agir com cordialidade é fundamental, assim haverá possibilidade também para negociar o pagamento a vista e a prazo, sempre de olho no orçamento familiar; a compra pelo mercado eletrônico vem crescendo e, há casos, que o preço das lojas virtuais cobre o preço das lojas de rua e shopping; reciclar materiais também é válido (juntando folhas de cadernos usados, construir uma capa nova, etc).

IMPOSTOS
Uma das queixas dos pais de alunos é o preço do material em uma época do ano em que o orçamento familiar fica também sobrecarregado com outros tributos,como Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores(IPVA) eImposto Predial Territorial Urbano(IPTU), por exemplo.
A carga tributária dos materiais é outro fator que pesa na hora da aquisição de diversos itens, como cadernos, borrachas, agendas, lápis, estojos, canetas e outros.
 
Com o propósito de diminuir essa carga tributáriasobre materiais escolares, o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), Rubens Passos, vem buscando o apoio do Governo Federal e do Ministério da Educação para sua redução.
 
De acordo com Passos, uma possível renúncia fiscal é ínfima perante o orçamento da União.
 
Para que haja a redução imediata da elevada carga tributária, o presidente da ABFIAE afirma que uma das soluções é a aprovação do Projeto de Lei nº. 6705/2009, de autoria do Senado, que já tramita há mais de quatro anos e que, atualmente, encontra-se em discussão na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal.

O que as escolas não podem exigir nas listas
Dados do Procon indicam que alguns itens da lista de material escolar não podem ser exigidos pelas escolas, como é o caso daqueles de uso coletivo (tinta guache, massas, lápis para quadro branco e algodão),  materiais de higiene e de escritório (envelopes, clipes, tinta para impressora, fita adesiva, agenda escolar específica da escola, taxa da reprografia, CD e DVD), fato que muitos pais e responsáveis desconhecem. Marcas dos materiais também não podem ser exigidas, com a possibilidade das instituições sofrerem as sanções das leis que auxiliam os consumidores.