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Lutador de jiu-jitsu mata a cadeirada hóspede de hotel de CampoGrande

Polícia diz que acusado matou vítima de forma aleatória, sem conhecê-la

Rafael estava em Campo Grande para participar de uma disputa de jiu-jitsu - Divulgação
Rafael estava em Campo Grande para participar de uma disputa de jiu-jitsu - Divulgação

O campeão de jiu-jitsu Rafael Martinelli Queiroz, 27 anos, de Valparaíso (SP), matou a golpes de cadeirada Paulo Cézar de Oliveira, 49 anos, em um hotel situado na avenida Afonso Pena, bairro Amambai, em Campo Grande. O crime ocorreu por volta das 22h05 de sábado, 18. Vítima e acusado estavam hospedados no mesmo hotel.

De acordo com a Polícia Civil, Rafael estava hospedado no quarto 221 com a namorada, uma jovem de 24 anos. O casal teria discutido e, após ele tentar agredir a moça, ela conseguiu escapar do quarto e pedir ajuda na recepção.

Tentando encontrar a namorada, o suspeito começou a invadir diversos quartos, arrombando as portas. Ele também derrubou extintores da parede, danificou câmeras e sensores de segurança e o forro de gesso do corredor do hotel.

Paulo que estava no quarto 216, mantinha a porta fechada, quando Rafael usou a força para arrombá-la e entrar no apartamento da vítima que passou a ser agredida a cadeiradas até a morte. A vítima apresentava ferimentos no rosto e cabeça. Sobre o corpo estavam partes da cadeira de madeira usada como arma do crime.

Câmeras de segurança mostram o acusado andando pelo corredor, hora estava de camiseta, boné e bermuda, enquanto em outras imagens aparecia apenas de bermuda. O boné e a camiseta dele foram encontrados no quarto da vítima.

Quando desceu até a recepção, Rafael entregou à recepcionista uma corrente e disse que era do hóspede do quarto 216. Como havia escutado muito barulho no segundo andar do hotel, a recepcionista foi até lá e encontrou o corredor depredado e Paulo já morto ao lado da cama do quarto em que estava hospedado.

A Polícia Militar, Polícia Civil e perícia técnica foram acionadas. Ao chegarem ao hotel os PMs encontraram o acusado que admitiu ter agredido Paulo e suspeitava tê-lo matado.

Ainda conforme a Polícia Civil, Rafael teria ficado transtornado com o fato de a namorada estar grávida e suspeitar que o filho poderia não ser dele, motivo que deu início a discussão e tentativa de agressão, que fez com que ela fugisse dele.

A polícia constatou que, a vítima era funcionária de uma empresa e estava hospedada no hotel devido a uma visita profissional à Campo Grande. Entre Paulo, Rafael e a namorada do acusado, não havia vínculo, ou seja, o suspeito acabou agredindo de forma aleatória o hóspede.

Os policiais algemaram Rafael e o levaram até o Departamento de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Campo Grande. Como ele passou a se comportar de forma violenta e tentar fugir da sala de segurança, os homens do BP Choque foram acionados e o removeram para uma das celas do Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras), o que impossibilitou o interrogatório do suspeito, naquele momento.

Rafael que estava em Campo Grande para participar de uma luta de jiu-jitsu, responderá por crime de homicídio doloso e qualificado por motivo fútil, além de dano qualificado, lesão corporal dolosa (violência doméstica) e resistência.