A maioria das empresas de ônibus que transportam trabalhadores para as obras de expansão das fábricas de celulose, em Três Lagoas, está irregular. De acordo com o secretário de Trânsito, Milton Gomes Silveira, as prestadoras do serviço não procuraram a secretaria para cadastramento do serviço de fretamento, conforme decreto municipal de 2015.
Por isso, a secretaria não tem o número de empresas que realizam esse serviço na cidade, nem a quantidade de ônibus em circulação. No entanto, muitos veículos podem ser vistos diariamente pelas ruas, usados para transporte de trabalhadores para as fábricas de celulose.
Somente no canteiro de obras de expansão da empresa Fibria há cerca de cinco mil trabalhadores e 110 ônibus são utilizados para o transporte. A Eldorado tem cerca de 600 trabalhadores em projeto de expansão e 12 ônibus são utilizados.
Segundo o secretário, muitas dessas empresas, que são de fora da cidade, não poderiam prestar o serviço na cidade porque não preenchem exigências previstos no decreto. “Está havendo uma demanda muito baixa das empresas, que não estão atendendo chamado para regularizar. Muitas não preenchem todos os requisitos para fazer o serviço de fretamento”, destacou.
Ter sede na cidade, local adequado para garagem, definição de itinerário, entre outras questões, são algumas das exigências contidas no decreto. “Temos que ter esse controle para definirmos as vias que esses ônibus podem trafegar”, ressaltou.
Em razão da baixa adesão para a regularização, a Secretaria de Trânsito vai iniciar, no próximo mês, um trabalho de fiscalização e aplicação de multas às empresas. A multa básica é no valor de mil Unidades Fiscais do Município, fixada neste ano em R$ 4,13 cada.
Essa fiscalização será válida, conforme o secretário, não apenas para as empresas de ônibus, mas também para os transportadores individuais, considerados autônomos.