Veículos de Comunicação

Educação

Maioria dos alunos de Três Lagoas de escolas públicas chega ao 3° ano sem estar alfabetizada

Do total de alunos avaliados, 38,65% provavelmente são capazes de localizar informações explícitas em textos curtos

Assim como em quase todo o país, a maioria dos alunos das escolas públicas de Três Lagoas chegou ao 3º ano do ensino fundamental sem estar alfabetizada, com dificuldades para ler e escrever. Isso é o que revela a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério da Educação, que, em novembro de 2014, avaliou quase 2,5 milhões de estudantes das escolas públicas do País. Em Três Lagoas, foram avaliados 1.331 alunos da série considerada a última etapa da alfabetização.

Os dados relacionados aos estudantes de Três Lagoas, também não são nada animadores, já que apenas 9,04% do total de 1.331 alunos que cursavam esta série no ano passado conseguiram atingir níveis satisfatórios de leitura. O preocupante é que esse índice caiu, se comparado à avaliação aplicada em 2013, quando 12,56% dos alunos, se enquadravam neste nível.

Do total de alunos avaliados, 38,65% provavelmente são capazes de localizar informações explícitas em textos curtos. O percentual também reduziu em relação a 2013, quando 39,26% dos estudantes preenchiam os critérios nesse quesito. Apenas 12,14% são capazes de reconhecer relação de tempo em texto verbal e os participantes de um diálogo. Neste quesito, houve uma melhora, já que em 2013, eram 8,87%.

ESCRITA

Em relação à escrita de palavras, 3,64% dos alunos avaliados, em Três Lagoas, escrevem as palavras ou estabelecem alguma correspondência entre as letras grafadas e a pauta sonora, porém ainda não escrevem palavras alfabeticamente. Ainda segundo a avaliação, 9,99% dos estudantes que se enquadram nesse nível escrevem palavras com trocas ou omissão de letras, alterações na ordem das letras e outros desvios ortográficos. Apenas 9,99% dos alunos não escrevem ou produzem textos ilegíveis.

Os dados revelam também que 10,04% dos estudantes provavelmente escrevem ortograficamente palavras com estrutura silábica, apresentando alguns desvios. Em relação à produção de texto, escrevem de forma incipiente ou inadequada ao que foi proposto ou produzem fragmentos sem conectivos, sem substituição lexical ou pontuação para estabelecer articulação entre partes do texto. Ainda segundo a pesquisa, 10,04% apresentam ainda grande quantidade de desvios ortográficos.

A avaliação mostrou que 72,51% dos estudantes escrevem palavras com diferentes estruturas silábicas. Em relação à produção de textos, provavelmente atendem à proposta de dar continuidade a uma narrativa, embora possam não contemplar todos os elementos da narrativa ou partes da história a ser contada, e 3,82% dos alunos escrevem ortograficamente palavras com diferentes estruturas silábicas e conseguem dar continuidade à narrativa.