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Mais de 2 mil pacientes estão na fila aguardando por cirurgias eletivas

Procedimentos cirúrgicos foram suspensos em Três Lagoas devido pandemia e agora serão retomados

Mais de 1,3 mil pacientes estão aguardando para fazer cirurgia geral - Arquivo/JPNews
Mais de 1,3 mil pacientes estão aguardando para fazer cirurgia geral - Arquivo/JPNews

Três Lagoas tem 2.147 pacientes na fila de espera aguardando para realizar cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse número de pacientes é elevado porque as cirurgias eletivas estavam suspensas nos hospitais da rede pública estadual e contratualizada por força de um decreto estadual de 31 de março de 2021, devido a pandemia da Covid-19. 

Nesse período, as demandas cirúrgicas tiveram aumento real no município, pois na primeira onda da pandemia de Coronavírus em 2020, houve necessidade de restringir leitos para combater os casos de Covid e comprometeu a realização de procedimentos importantes. Essa restrição resultou em uma longa fila de pacientes aguardando por um procedimento cirúrgico.

Segundo a diretora geral da Secretaria de Saúde, Kátia Lira Adono, ainda no ano passado, alguns procedimentos foram retomados, mas em março deste ano, suspensos novamente, devido ao agravamento da pandemia. De acordo com a diretora, em razão da redução dos casos de Covid, a administração municipal entendeu que seria agora o momento para retornar gradativamente com essas cirurgias. 

Com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo a competência concorrente da União, Estados, DF e Municípios no combate à Covid-19, o prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), decidiu publicar um decreto autorizando o retorno das cirurgias eletivas a partir de 1º de julho, as quais serão realizadas no Hospital Auxiliadora.

Inicialmente serão oito cirurgias por mês. Antes da pandemia, a diretoria informou que eram realizados 123 procedimentos por mês. O retorno será gradativo, pois, segundo a diretora, precisa ser observado o número de leitos disponíveis, sempre priorizando os pacientes com a Covid-19.

Questionada se um mutirão não resolveria o problema, a diretora disse que reduziria a fila de espera, porém, neste momento de pandemia, uma série de situações precisam ser analisadas. “A gente depende de medicamentos, materiais, insumos, leitos e profissionais”, destacou.

Ainda de acordo com o decreto, o número de cirurgias eletivas poderá ser ampliado nos meses subsequentes a julho. Caberá a Central de Regulação garantir a prioridade de especialidades ou de pacientes com dor severa por meio de reavaliações, quando couber, e estratificação de riscos associados à Covid. 

A Secretaria de Saúde deve estabelecer a triagem dos pacientes cirúrgicos, baseada em sintomas da Covid, ou contato com caso positivo nos últimos 14 dias de modo que nenhum paciente com sintomas de infecção pelo vírus possa ser submetido às intervenções cirúrgicas.