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Influenza

Mais de 30 mil três-lagoenses não tomaram vacina contra gripe

A vacina contra a gripe Influenza protege contra duas cepas da Influenza A, que são a H1N1 e a H3N2

A vacina contra a gripe Influenza protege contra duas cepas da Influenza A, que são a H1N1 e a H3N2 - Divulgação
A vacina contra a gripe Influenza protege contra duas cepas da Influenza A, que são a H1N1 e a H3N2 - Divulgação

Levantamento feito pela reportagem do Jornal do Povo junta à Secretaria Municipal de Saúde mostra que mais de 30 mil moradores de Três Lagoas ainda precisam receber a vacina contra a gripe Influenza. O número representa a população que não foi imunizada desde a última campanha, em abril do ano passado.

Segundo Maiara Guedes, enfermeira do Departamento de Vigilância em Saúde de Três Lagoas, as vacinas têm validade até março deste ano. “A partir de abril o Instituto Butantã prepara o envio de novos lotes para a campanha de 2022”, explica.  

A vacina contra a gripe Influenza protege contra duas cepas da Influenza A, que são a H1N1 e a H3N2, além de uma cepa do vírus da Influenza B. Com isso, o impacto do surto de novos casos da mutação do vírus H3N2, conhecida como a variante Darwin, poderia ser menos agressivo. “Já que  com mais pessoas imunizadas, menores são as chances de desenvolverem o quadro grave da doença e até mesmo a morte”, destaca a enfermeira. 

SUBNOTIFICAÇÕES

A H3N2 já levou a internação de mais de 10 pacientes no Hospital Auxiliadora. Segundo o boletim epidemiológico,  a maioria dos pacientes é adulta. O paciente mais jovem é um adolescente de 14 anos e o mais velho é um idoso de 92.  

Apesar do número oficial, as autoridades acreditam que há um grande índice de casos subnotificados no município. “Já que só é testado pelo SUS o paciente que é internado, diferente do que ocorre com a Covid. Quem não está hospitalizado e quer testar, o faz em laboratórios particulares e esses dados não são repassados à Secretaria de Saúde”.

De acordo com a enfermeira Maiara, o departamento não possui a informação de histórico de viagem dos pacientes, mas assegura que, desde a primeira semana de 2022, a circulação do vírus já é comunitária em Três Lagoas. “Não sabemos se o primeiro caso na cidade veio ‘importado’ de outra localização durante as festividades de fim de ano. Mas com o vírus aqui, a transmissão já é considerada comunitária. O que sabemos é que os 8 primeiros pacientes contaminados não foram vacinados contra a gripe na última campanha”.