Duas pessoas foram presas nesta, terça-feira (11), pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil suspeitas de envolvimento na morte do trabalhador Francisco Guitemberg, de 61 anos. O crime ocorreu no bairro Iparacaraí, em Três Lagoas, no dia 21 de dezembro de 2021, quando a vítima aguardava o ônibus para ir trabalhar.
Ele foi atingido por 17 disparos e até o momento seis pessoas estão presas temporariamente pela execução. De acordo com o delegado titular do SIG, Ailton Pereira, dois mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça.
Uma mulher de 45 anos e, um homem, de 28, seriam os responsáveis pelo apoio logístico no crime. A polícia informou que eles forneceram e ocultaram a arma de fogo utilizada para matar a vítima. O primeiro mandado de busca e prisão temporária de 30 dias, expedido pelo Justiça local, foi cumprido no bairro Bela Vista, na rua Goiás, onde o homem foi encontrado. Foi constatado que ele alugou a arma de fogo tipo pistola, pelo valor de R$1,2 mil. Durante as buscas, os policiais checaram que o suspeito já estava em situação de flagrante pela prática de crime de estelionato, uma vez que foi constatada fraude no medidor de energia. Também por maus-tratos a animal silvestre em extinção. Isso porque na casa, a equipe policial encontrou um papagaio, que acabou resgatado pela Polícia Militar Ambiental (PMA).
Já o segundo mandando de prisão ocorreu em um assentamento que fica nos fundos do bairro Guanabara, no local conhecido por invasão. Lá a mulher foi presa após as investigações apontarem que ela mesma ajudou a esconder a pistola para que a polícia não a localizasse, bem como ajudou a intermediar a negociação de aluguel da arma. “Vale ressaltar que a mesma já tinha sido intimada para prestar depoimento em data anterior e omitiu informações que pudessem esclarecer os fatos”, disse o delegado.
A pistola usada no homicídio não foi encontrada pela polícia. “Os investigados já temiam ser alcançados e presos pela polícia, sendo que diligâncias prosseguem nesse sentido”.
O suspeito de ser o executor do crime e sétimo integrante do grupo está foragido. Foi expedido pela Justiça um mandado de prisão contra ele. Segundo o delegado, o executor seria parente de outros cinco que estão presos.
MOTIVAÇÃO
A principal motivação do crime, segundo a Polícia Civil, foi vingança. Isso porque Francisco foi acusado por uma mulher, de 41 anos, de violência sexual. Tios e sobrinhos teriam ficado revoltado com a situação e "fizeram justiça com as próprias mãos", segundo o delegado.
A mulher, que alega supostamente ter sofrido violência sexual por Francisco, foi vista no local por testemunhas minutos depois da execução e antes dos policiais chegarem. Conforme as investigações, ela mora na mesma rua da vítima. A mulher sustenta que Francisco teria invadido a casa dela em uma madrugada, após retornar do trabalho, e a violentou sexualmente. As outras pessoas envolvidas com o homicídio teriam visto este fato e passaram a fazer ameaças contra Guitemberg.
No entanto, Guitemberg não registrou nenhum boletim de ocorrência.
PRISÕES
Entre os presos está a mulher, de 41 anos, que teria, supostamente, acusado Francisco Guitemberg de violência sexual. Os outros envolvidos são tios e sobrinhos, um homem de 25 anos e mais duas, que possuem 30 e 28 anos.
Os quatro presos possuem passagens pela polícia por violência doméstica e agressão. A vítima do homicídio não tinha nenhum registro.
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